Como o Irã Está Sendo Abandonado por Seus Aliados no
Momento Mais Crítico
Nos bastidores de uma das maiores crises do Oriente Médio
dos últimos anos, o Irã enfrentou um cenário que jamais imaginou: seus aliados
históricos estão, um a um, se afastando justamente quando o regime dos aiatolás
mais precisa de apoio.
O Hezbollah, por exemplo, acaba de declarar publicamente que
não tem interesse em se envolver em uma nova guerra, mesmo diante da escalada
do conflito.
Essa postura marca uma reviravolta surpreendente,
considerando que, por anos, o Irã investiu bilhões de dólares para sustentar o
chamado “Eixo da Resistência” — uma rede de grupos aliados que inclui o próprio
Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza, os Houthis no Iêmen e diversas milícias
no Iraque.
O objetivo do Irã sempre foi claro: manter uma guerra longe
de seu território e garantir que esses grupos agissem como uma linha de defesa
caso o país fosse atacado.
Mas agora, com a guerra batendo à porta, esses mesmos
aliados estão lavando as mãos e deixando o regime iraniano à própria sorte.
O Hezbollah, por exemplo, está enfraquecido, com sua
liderança abalada e combatentes desmotivados, sem disposição para enfrentar
Israel em mais um conflito. O governo libanês, por sua vez, já deixou claro que
não tolerará outra guerra em seu território, e o Hezbollah parece estar ouvindo
o recado.
O fracasso do “Eixo da Resistência” não é o único
investimento perdido do Irã. Durante a guerra civil na Síria, o regime dos
aiatolás gastou cerca de 50 bilhões de dólares para manter Bashar al-Assad no
poder.
Agora, com a Síria devastada e cada vez mais isolada, esse
apoio também se mostra um fardo sem retorno. O próprio Irã, que sempre buscou
projetar força e influência na região, agora se vê vulnerável e sem o respaldo
de seus parceiros tradicionais.
No início de 2025, o Irã tentou fortalecer sua posição ao
aprovar um acordo de parceria estratégica de 20 anos com a Rússia. O anúncio
foi feito com pompa: ambos os países prometeram garantir a segurança mútua e
desafiar o Ocidente.
Mas, na prática, quando o Irã mais precisa, Vladimir Putin
está ausente, ocupado com seus próprios problemas e sem disposição para cumprir
as promessas feitas no papel. O apoio russo, tão alardeado, mostra-se vazio no
momento decisivo.
Enquanto isso, os Estados Unidos intensificam sua presença
militar na região. Nas últimas 24 horas, descontos de aviões-tanque americanos
foram deslocados para a Europa e possivelmente para o Oriente Médio, um
movimento incomum que acendeu o alerta sobre possíveis operações iminentes.
O presidente Trump, que esteve no Canadá para a cúpula do
G7, deixou o evento às pressas, convocando uma reunião de emergência do
Conselho de Segurança Nacional assim que retornou à Casa Branca.
O clima é de tensão máxima, com sinais claros de que algo
grande pode estar prestes a acontecer.
O Departamento de Estado dos EUA já emitiu alertas para que
os cidadãos americanos deixem o Irã imediatamente ou busquem abrigo seguro,
repetindo o padrão de avisos que antecederam as operações militares anteriores.
Israel, por sua vez, intensificou ataques contra alvos iranianos, eliminando
comandantes e cientistas nucleares em operações cirúrgicas.
O objetivo é claro: impedir que o Irã mantenha seu programa
nuclear ativo.
A situação em Teerã é de pânico. O apelo de Trump para que a
população evacuasse a capital iraniana gerou congestionamentos quilométricos,
com milhares tentando fugir da cidade em busca de segurança.
O medo é palpável, pois muitos sabem que, apesar de não
apoiarem o regime, estão à mercê das decisões dos seus líderes e do revelador
de uma guerra que pode se tornar ainda mais devastadora.
No campo diplomático, Israel pressionou os Estados Unidos
por apoio direto, argumentando que a única forma de garantir que o Irã não
retome seu programa nuclear é destruindo todas as instalações e neutralizando
os cientistas envolvidos.
O primeiro-ministro Netanyahu tem feito uma verdadeira
maratona midiática, direcionando seu discurso não apenas ao governo americano,
mas também ao público dos EUA, buscando apoio popular para uma possível
intervenção mais ampla.
Dentro dos Estados Unidos, o debate é intenso. Enquanto
parte do Partido Republicano defende que o país não deve se envolver em mais um
conflito no Oriente Médio, outra ala, alinhada a Trump, acredita que é
necessário agir para impedir que o Irã transporte armas nucleares.
O próprio Trump tem reiterado, em discursos e nas redes
sociais, que não permitirá que o Irã desenvolva esse tipo de armamento,
mantendo uma postura firme e intransigente.
O cenário é de incerteza e tensão crescente. O Irã, que por
tanto tempo apostou em sua rede de aliados e em parcerias estratégicas para
garantir sua segurança, agora se vê isolado, com seus investimentos se
transformando em prejuízos e seus parceiros recuando diante do risco real de
uma guerra total.
O futuro da região está em aberto, e o avanço desse impasse
pode redefinir o equilíbrio de poder no Oriente Médio para os próximos anos.
Fontes de Pesquisa:
- Relatórios
de Inteligência sobre o Hezbollah e grupos aliados: Para dados sobre a
capacidade militar e o posicionamento do Hezbollah, Hamas e Houthis.
- Análises
de Política Externa sobre o Irã e a Síria: Para informações sobre os
investimentos iranianos na Síria e a situação do regime de Bashar
al-Assad.
- Comunicados
Oficiais do Departamento de Estado dos EUA e G7: Para detalhes sobre o
deslocamento de forças americanas, cúpulas e alertas de viagem.
- Notícias
e Artigos sobre as Relações Rússia-Irã: Para aprofundar no acordo de
parceria estratégica e a postura da Rússia.
- Análises
de Especialistas em Segurança Internacional e Oriente Médio: Para
contextualizar as ações de Israel e as discussões internas nos EUA sobre
uma possível intervenção.