É o estudo de relatos, registros visuais,
evidências físicas e demais fenômenos relacionados aos objetos voadores não identificados (OVNI). O termo "ufologia" deriva da sigla em inglês UFO (acrônimo de: (Unidentified Flying Object) e da
palavra λογία (lo-gía), que no grego antigo quer dizer estudo, razão. Devido às dificuldades
de obtenção de dados confiáveis e de fácil acesso para pesquisadores, não
constitui um campo de pesquisa científica reconhecido, constituindo-se num ramo de investigação especulativo e
que não faz uso do método científico. A ufologia tem sido caracterizada como uma pseudociência, o que muitos ufologistas rejeitam.
Não há qualquer evidência amplamente aceita que
corrobore a existência de vida extraterrestre; no entanto, várias reivindicações
controversas já foram feitas.
A crença de que alguns objetos voadores não identificados (OVNIs) podem ter origem extraterrestre e alegações de abdução alienígena são rejeitadas pela maior parte da comunidade científica. A grande
maioria dos relatos de OVNIs podem ser explicados por avistamentos de aeronaves
humanas, fenômenos atmosféricos ou objetos
astronômicos conhecidos; ou são apenas hoaxes.
Após o Caso
Roswell, ocorrido em 1947 na localidade de Roswell, no Novo
México, Estados
Unidos, várias teorias conspiratórias sobre a
presença de seres extraterrestres no planeta Terra se tornaram um fenômeno cultural generalizado no país durante a década
de 1940 e no início da era
espacial na década de 1950, o que foi acompanhado por uma
onda de relatos de avistamentos de OVNIs. A sigla "OVNI" foi criada
em 1952, no contexto da enorme popularidade do conceito de "discos
voadores", logo após o avistamento de um OVNI pelo
piloto Kenneth Arnold em 1947, em Washington. Os documentos Majestic
12, publicados em 1982, sugerem que houve um
interesse genuíno em teorias da conspiração envolvendo OVNIs dentro do governo dos Estados Unidos durante os anos 1940.
No Brasil, casos envolvendo OVNIs ou supostas aparições de seres extraterrestres
também tornaram-se mais frequentes depois de Roswell. Um dos casos mais famosos
foi o da "Operação Prato", o nome dado a uma operação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 1977 e
1978, através do Comando Aéreo Regional em Belém, para verificar a ocorrência de fenômenos
desconhecidos que envolviam luzes que supostamente tinham um comportamento
hostil e que eram relatadas pela população do município de Colares, no norte do estado do Pará. Outro caso bastante conhecido no país é o do Incidente de Varginha, em 1996, quando moradores
do município de Varginha, Minas Gerais, alegaram terem visto os corpos de três seres alienígenas. Três jovens
da cidade ainda mantêm a versão de que teriam visto um dos seres ainda com
vida.
OVNIs no Brasil
Forças Armadas
Sindicância EMAER
No dia 24 de outubro de 1954, entre 13 h e 16 h,
foram observados corpos estranhos sobre a Base Aérea de Porto Alegre, sendo
noticiado na imprensa gaúcha e também na imprensa da capital federal, na época,
a cidade do Rio de Janeiro. O chefe do Estado Maior da Aeronáutica (EMAER),
brigadeiro Gervásio Duncan de Lima Rodrigues, autorizou o comandante da Base, a
proceder "(...) as investigações necessárias, mantendo o Estado-Maior
informado de tudo."
Em 16 de novembro de 1954, o próprio brigadeiro
Gervásio Duncan, concedeu entrevista coletiva a jornalistas e radialistas,
apresentando cinco relatórios, de um total de dezesseis, contendo depoimentos
do pessoal da Base sobre os eventos de 24 de outubro, contando sobre a
movimentação de um objeto arredondado de cor prateada fosca a grande altitude,
com um dos depoimentos citando dois objetos. Enfatizou se tratar de depoimentos
idôneos e declara: "Não duvido que tenham visto o que relatam. Mas não
posso assegurar que se trate de discos voadores.". Também declara que
não havia em curso nenhuma investigação oficial da Aeronáutica sobre discos
voadores.
Palestra ESG
Em 2 de dezembro de 1954, o chefe do Serviço de
Informações do Estado Maior da Aeronáutica, coronel João Adil Oliveira proferiu na Escola Superior de Guerra - ESG, a pedido do brigadeiro Antônio Guedes Muniz, uma palestra sobre
discos voadores voltada para a Defesa, com a presença de altas patentes das
Forças Armadas, inclusive o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, além de
jornalistas, técnicos e civis. Durante a palestra declarou: "O problema
dos Discos Voadores tem polarizado a atenção do mundo inteiro, é sério e merece
ser tratado com seriedade. Quase todos os governos das grandes potências se
interessam por ele e o tratam com seriedade e reserva, dado seu interêsse (sic)
militar."
O coronel Adil de Oliveira não consultou a
comunidade científica sobre o assunto, nem analisou os casos apresentados
durante a palestra de um ponto de vista técnico. Utilizou largamente citações
de livros de Donald Keyhoe e Hugo Rocha (escritor), defensores da hipótese
extraterrestre. Sua abordagem foi claramente a favor dessa hipótese. No mês
seguinte, a revista Ciência Popular criticou duramente a palestra, seu
conteúdo, o despreparo do Serviço de Informações, além do crédito dado pela
Aeronáutica, na figura do coronel Adil, a uma reconhecida fraude fotográfica de
1952 perpetrada por O Cruzeiro (revista), conhecido como Caso Barra da Tijuca, SIOANI.
Documentos SIOANI, entregues pelo pesquisador
Edison Boaventura à CBU.
O SIOANI, acrônimo de Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não
Identificados, foi uma estrutura organizacional criada pelo Comando da 4ª Zona
Aérea da FAB, para investigação e pesquisa científica do OANI - Objeto Aéreo Não
Identificado [22] , entre os anos de 1969 e 1972. Foi patrocinado pelo brigadeiro José
Vaz da Silva, comandante da 4ª Zona Aérea e coordenado pelo major Gilberto Zani
de Mello. Sua área de atuação foi principalmente o Estado de São Paulo, mas
investigou casos em vários outros.
Em 31 de outubro de 2008, o Arquivo
Nacional recebeu do CENDOC - Centro de Documentação e
Histórico da Aeronáutica, um conjunto de publicações do período 1952-1969,
relativo a OVNIs, entre eles, documentos identificados do SIOANI. Em 23 de
abril de 2009, novas publicações oficiais, dessa vez do período 1970-1979,
foram entregues ao Arquivo Nacional pelo CENDOC, entre elas, novos documentos
do SIOANI, cobrindo os anos de 1970 a 1972.
Um conjunto de documentos elaborados pela 4ª Zona
Aérea, constituído de relatórios, boletins, croquis, fotos, slides, foi obtido
pelo pesquisador ufológico Edison Boaventura Júnior, de um investigador civil
do SIOANI, o sociólogo Acassil José de Oliveira Camargo. Essa documentação, num
total de mais de 1.300 páginas, foi entregue a Comissão
Brasileira de Ufólogos e pode ser acessada por
sítio mantido pela Revista
UFO. O Arquivo Nacional recebeu do pesquisador em 2009
o mesmo material, mas não foi catalogado eletronicamente e disponibilizado pela
instituição.
O núcleo operacional eram a chefia da Central de
Investigação, o CIOANI e os Núcleos de Investigação, NIOANIs, incluindo também
a parte científica, o laboratório do ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Era composto por investigadores militares e civis. Se presume em 100
(cem) o número total de casos. Muitos casos passaram por avaliação psiquiátrica
pelo tenente médico João Edney Carvalho Ribeiro.
No geral, os relatórios de investigação
apresentaram conclusões incipientes e inconsistentes. Casos inexplicados não
chegaram a 5% do total, mas a elucidação da grande maioria dos casos
tranquilizou os orgãos de segurança da Aeronáutica. O SIOANI encerrou suas atividades em 1972. Atribui-se a troca de
comando da 4ª Zona Aérea a causa do encerramento.
Hipóteses
Para interpretar os mais diversos fenômenos
relacionados à ufologia, uma listagem de teorias mais aceitas. Nelas existem
diferentes correntes de pensamento, desde as de caráter cético, julgando todo o
fenômeno como má-interpretação ou fraude, até as de carácter místicos.
Hipótese Extraterrestre
A hipótese extraterrestre (HET) teoriza que alguns avistamentos de OVNI são espaçonaves
alienígenas.
Hipótese do Zoológico
A Hipótese do Zoológico é uma das diversas
conjecturas que surgiram em resposta ao Paradoxo
de Fermi, relacionado à aparente falta de evidências que
possam confirmar a existência de civilizações extraterrestres avançadas. Foi
desenvolvida pelo astrônomo John A. Ball, em 1973. De acordo com esta hipótese,
os extraterrestres, tecnologicamente avançados o suficiente para se comunicar
com os terráqueos, já teriam encontrado a Terra, todavia, apenas observam a
Terra e a humanidade remotamente, sem tentar interagir, como os pesquisadores
observam animais primitivos à distância, evitando o contato direto para não
perturbá-los.
Hipótese interdimensional
Segundo a Hipótese interdimensional, os OVNIs e os fenômenos a eles associados, como abduções, procedem de
outros Universos que compõem o Multiverso. A origem desses fenômenos não necessariamente procede de algum local
do tecido do espaço a nossa volta, podendo estar coabitando conosco o próprio
planeta Terra, transcendendo tanto o tempo como o espaço. Além disso, seriam
manifestações modernas de antigos mitos ao longo da história, interpretados
anteriormente como entidades mitológicas ou sobrenaturais, como fadas, duendes,
súcubos e íncubos. Trataria-se de um sistema de controle que atua sobre os
seres humanos, através do uso de símbolos para interação em nível psíquico. Os
fenômenos podem também se manifestar fisicamente.
Hipótese psicossocial
Esta é a teoria de que alguns avistamentos OVNI são
alucinações, sugestões hipnóticas ou fantasias e são causadas
pelo mesmo mecanismo que muitas experiências ocultas, paranormais, sobrenaturais ou religiosas (comparar com supostos avistamentos da Virgem
Maria. Ver a entrada Hipótese Psicossocial. São considerados
distúrbios.
O comportamento destas fantasias pode ser
influenciado pelo ambiente em que a suposta testemunha foi criada: contos de
fadas ou religião, ficção científica, etc: por exemplo, uma
suposta testemunha pode ver fadas enquanto outra achará ver Greys.
Fontes: Wikipedia e Revista UFOs
Gaspar
Moura dos Santos
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