Vacina Coronavac é uma parceria do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac e está em fase de testes em humanos no Brasil
Foto: Divulgação / Governo do Estado de SP / Estadão Conteúdo
Vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac e o Instituto Butantã está na fase final de testes clínicos e depende de aval da Anvisa para ser distribuída no País
O primeiro lote de doses da Coronavac,
vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em
parceria com o Instituto Butantã, chegou a São Paulo na manhã desta
quinta-feira, 19. As 120 mil doses da Coronavac ainda precisam de autorização
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem aplicadas nos
brasileiros. A vacina está na fase 3 dos testes clínicos, etapa que mede a
eficácia do produto, se ele é capaz de proteger contra a covid-19. Somente após
a conclusão desta fase é que a vacina poderá obter autorização de uso.
As primeiras doses já chegaram
prontas, mas o acordo da Sinovac com o Instituto Butantã prevê a transferência
tecnológica para o País, o que permitirá a produção da vacina no Brasil. A
produção 100% local, no entanto, só deve acontecer a partir de 2022, com a
conclusão da obra da fábrica que terá capacidade de produzir até 100 milhões de
doses da vacina por ano. Até lá, o Butantã receberá doses prontas da China ou
matéria-prima para que a produção seja apenas finalizada no Brasil.
Na chegada ao
aeroporto de Guarulhos, o governador João Doria (PSDB) disse que estava lá
"para receber essa carga que ajuda a salvar a vida de milhares de
brasileiros". O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, destacou
que "o sentimento é de esperança". Segundo ele, "Esse é o
momento mais próximo que temos de voltar ao nosso normal." Os dois estavam
acompanhados do presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas.
Uma publicação recente
da revista científica Lancet mostrou que a Coronavac é
segura e tem capacidade de produzir resposta imune 28 dias após sua aplicação
em 97% dos casos.
Em andamento, a
fase final de testes, envolve cerca de 13 mil profissionais de saúde em 16
centros de pesquisa de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do
Sul, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Fonte: Terra/ saúde