(iStock)
O orgasmo feminino tem sido uma fonte de debate
científico, político e cultural há mais de um século. Embora a ciência tenha
ideia do que sejam — um dos poucos fenômenos que ocorrem como resultado de uma
interação altamente complexa, de vários sistemas fisiológicos e psicológicos de
uma única vez — ainda não se sabe exatamente como eles ocorrem.
Mas um fato é certo: não se pode negar que há
clara disparidade entre homens e mulheres quando se trata de alcançar o clímax.
Os pesquisadores em comportamento sexual, Gonzalo
Quintana Zunino e Conall Mac Cionnaith, do laboratório do médico James Pfaus na
Universidade Concordia, resolveram estudar a fundo o tema e entender até as
controvérsias entre orgasmo clitoriano e vaginal.
De acordo com pesquisa nacional recentemente
realizada nos Estados Unidos, mulheres relataram um orgasmo, contra três
masculinos. Os homens disseram alcançarem o orgasmo em media 95% das
vezes.
Embora possa haver razões evolutivas pelas quais os
homens são mais propensos a orgasmo durante o sexo, não se deve apegar-se a
essa ideia. Na verdade, parte do problema reside no que acontece no
quarto. Estudos mostram repetidamente que as mulheres atingem o clímax com
menos frequência do que os homens durante os encontros sexuais.
Entre as possíveis razões, uma importante falha
educacional — cujo aprendizado restringiu-se apenas à biologia reprodutiva,
métodos contraceptivos ou como evitar doenças sexualmente transmissíveis,
sendo o prazer sexual totalmente negligenciado. Mas não é só isso.
Estudos apontam que a chave para uma relação sexual
satisfatória continua sendo o autoconhecimento e, principalmente, o diálogo com
o parceiro. Para isso, a intimidade será sempre fundamental.
Assim, entender o que o parceiro quer, como,
quando, onde, ou por quanto tempo, sempre serão ingredientes-chave necessários
para encontros casuais ou de longo prazo.
Com Daily Mail (Revista Veja)