21 de maio de 2017
Texto Áureo
Jeremias 28.15
“E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o
profeta: Ouve agora, Hananias: não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este
povo confiasse em mentiras.
Verdade Aplicada
Deus é quem dá a vida e é a fonte da verdade; o
diabo destrói a vida e é o pai da mentira.
Objetivos da Lição
Ensinar que a
mentira é uma arma do diabo;
Revelar que a mentira pode
destruir uma nação;
Mostrar que
Deus não conta com homens mentirosos na Sua obra.
Glossário
Árdua: Custosa, difícil,
espinhosa, trabalhosa;
Jugo: Barra de madeira, pela
qual dois animais são unidos, pelo pescoço ou cabeça, para o trabalho;
sujeição;
Similar: Igual,
mesma estrutura.
Leituras complementares
Segunda Jr 28.1
Terça Jr 28.2
Quarta Jr 28.3
Quinta Jr 28.4
Sexta Jr 28.10
Sábado Jr 28.11
Textos de Referência.
Jeremias 28.14-17
14 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus
de Israel: Jugo de ferro pus sobre o pescoço de todas estas nações, para
servirem a Nabucodonosor, rei da Babilônia; e servi-lo-ão, e até os animais do
campo lhe dei.
15 E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o
profeta: Ouve, agora, Hananias: não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este
povo confiasse em mentiras.
16 Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei
de sobre a face da terra; este ano, morrerás, porque falaste em rebeldia contra
o Senhor.
17 E morreu Hananias, o profeta, no mesmo ano, no
sétimo mês.
Hinos sugeridos.
75, 224, 432
Motivo de Oração
Peça a Deus para despertar o Seu chamado nos
jovens.
Esboço da Lição
Introdução
1. O perigo do falso profeta.
2. A Palavra de Deus permanece.
3. Nada podemos contra a verdade.
Conclusão
Introdução
A mentira é filha do diabo! Para vencê-la, devemos
nos despir do velho homem, da velha maneira de viver. Este estudo mostra a
necessidade de renovarmos a nossa mente pela Palavra de Deus.
1. O perigo do falso profeta.
Desde Moisés o Senhor Deus já alertava Seu povo
sobre o perigo de ser enganado por falsos profetas (Dt 13.1-4). Também
encontramos o apóstolo Paulo instruindo a igreja em Corinto acerca da
necessidade de julgar as profecias (1Co 14.29). Jeremias tinha como função
principal ser profeta do Senhor, mas este cargo lhe trouxe muito desgaste, pois
o profeta do Senhor fala o povo precisava ouvir e o falso profeta fala o que o
povo quer ouvir.
1.1. Guardai-vos dos falsos profetas.
Um falso profeta é uma pessoa que assegura falar em
nome de Deus, sem, contudo, representar a Deus ou mesmo pertencer a Ele.
Vejamos o que Jesus falou sobre eles: “Acautelai-vos, porém, dos falsos
profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos
devoradores”. (Mt 7.15). Falsos profetas são todos aqueles que se levantam
contra a verdade. Entretanto, o verdadeiro profeta é alguém que tem um
relacionamento íntimo com o Senhor (Am 3.7). Um profeta de verdade não está
preocupado em agradar aos homens, mas, sim, em agradar a Deus (Ef 6.6).
Os falsos profetas estavam profetizando a
respeito do futuro do mesmo jeito que jeremias profetizava. A diferença é que
eles profetizavam de maneira positiva e o povo gostava disso. Diferentemente da
mensagem pesada de Jeremias, que advertia o povo sobre a grande seca, a espada
e dores que estavam por vir. Isso fazia com que o povo não lhe desse ouvido,
trazendo muito sofrimento ao profeta de Deus. Jeremias acusava os falsos
profetas de serem falsos porque: “esforçam as mãos dos malfeitores, para que
não se convertam da sua maldade” (Jr 23.14), e acrescenta ainda, dizendo que:
“dos profetas de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra” (Jr 23.15).
Ainda diz mais acerca destes falsos profetas: “furtam as minhas palavras, cada
um ao seu companheiro”, “profetizam sonhos mentirosos e fazem errar o meu povo
com as suas mentiras” (Jr 23.30, 32).
1.2. O confronto de Hananias.
No princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá,
filho de Josias, (Jr 28.1) se elevou Hananias, falso profeta de Gibeão, que
falou a Jeremias, confrontando-o. Este confronto se deu no tocante à questão da
destruição final de Jerusalém. Hananias fala em nome do “Senhor” que Ele, Deus,
despedaçaria o jugo da Babilônia e que, em um período de dois anos, Deus iria
reconduzir o povo para Jerusalém, assim também como os utensílios do templo
levados junto com o povo de Deus (Jr 28.3). Ele foi ao contrário dos setenta
anos anunciados pelo profeta Jeremias (Jr 25.11-12). Com estas mentiras,
Hananias assinou sua sentença de morte: “Pelo que assim diz o Senhor: Eis que
te lançarei de sobre a face da terra; este ano, morrerás, porque falaste em
rebeldia contra o Senhor”. (Jr 28.16). Pois a lei era bem clara em relação aos
falsos profetas (Dt 18.20).
Enquanto jeremias incitava o povo a
trazer seu pescoço sob a servidão da realeza de Babilônia e assim continuar
vivo (Jr 27.12, 14), Hananias profetizou que o poder de Babilônia seria
quebrado em dois anos, que os exilados judeus ali seriam então libertos e que
todos os utensílios do templo seriam devolvidos (Jr 28.2-3). Para esclarecer
sua profecia, Hananias removeu o jugo de madeira do pescoço de Jeremias e o
despedaçou (Jr 28.10). O Senhor ordenou a Jeremias que avisasse a Hananias que
o jugo de madeira seria substituído por um de ferro (Jr 28.13). Incrivelmente,
o falecimento de Hananias aconteceu naquele mesmo ano (Jr 28.17). Jugos
simulavam sujeição. Assim como o gado é domado pelo jugo de seu dono, Jeremias
pleiteia junto a Judá que acate o domínio babilônico e o exílio de alguns de
seus líderes como parte do plano original de Deus para a redenção final da
nação. Profetas que usam seu poder de convencimento para serem reconhecidos
pelo povo e, assim, ofendem ao Senhor, estão assinando sua sentença de morte.
1.3. Dois profetas: dois exemplos.
Neste confronto entre Jeremias e Hananias,
encontramos duas situações completamente diferentes. Enquanto um profeta é
escolhido por Deus, o outro, por ser muito popular, se promove diante do povo.
O pecado principal de Hananias foi usar o nome do Senhor em vão (Êx 20.7).
Hananias fez, em nome do Senhor, promessas inconsistentes (Jr 28.3), que o
levaram a morte no mesmo ano de suas profecias que, como já era de se esperar,
não foram cumpridas (Jr 28.17).
Deus se agradou da atitude de Jeremias. Ele
foi direcionado por Deus como um ferrenho crítico do comportamento do povo de
Judá. Por falar a verdade, sofreu diversos julgamentos através dos que violavam
as leis naqueles dias, praticando a idolatria (Jr 10.1, 11), desobedecendo ao
repouso no dia do sábado (Jr 17.19, 27), etc. Por isso, o Senhor foi com ele
até o final de seus dias. Diferentemente de Hananias, que dizia ser profeta,
proferia como profeta, vestia-se como profeta, só não tinha a unção de profeta.
Aliás, só falava o que o povo queria ouvir. Deus não compactua com a mentira e
anunciou sua sentença: a morte (Jr 28.16).
2. A Palavra de Deus permanece.
O apóstolo Paulo nos adverte: “Não erreis: Deus não
se deixa escarnecer; porque tudo o homem semear, isso também ceifará”. (Gl
6.7). Infelizmente, os falsos profetas pregam que as bênçãos de Deus são
alcançadas incondicionalmente e que não carecem de um arrependimento sincero,
nem de um viver puro. Hananias esqueceu de dizer ao povo que um viver puro
diante do Senhor é sinônimo de uma vida abençoada. Jeremias era diferente. Ele
dizia que não estava só ouvir a voz de Deus, mas que tinha que haver mudança de
atitude. Por esses valores Jeremias lutava.
2.1. Um povo vulnerável em sua fé.
O profeta Jeremias, muito mais do que todos nós,
possuía todas as causas possíveis para deixar de sonhar com a melhora da vida
religiosa no dia a dia de seu povo. Para onde quer que ele olhasse, a situação
era completamente incontrolável. Jeremias expõe a fragilidade espiritual do
povo de várias maneiras: infidelidade e meretrício (Jr 5.7-8); descrença (Jr
5.12); abandono da Palavra (Jr 5.12); idolatria (Jr 5.19); e falta de
discernimento espiritual (Jr 5.21).
Jeremias permaneceu fiel na sua tarefa,
mesmo lhe trazendo profundo desgaste. Ele não se achava reto aos seus próprios
olhos, mas incluía a si mesmo ao falar sobre a perversidade daquela nação (Jr
14.20-21). Diversas vezes em sua vida, Jeremias ficou abatido e precisou da
sustentação do Senhor, mas, mesmo em tamanha adversidade, não deixou de gritar
o nome do Senhor (Jr 20.8). Ele declarou que a Palavra de Deus era similar a um
fogo nos seus ossos, e era a alegria e o contentamento de seu coração (Jr
15.16); 20.9, 13). Ele anunciou da parte do senhor que o povo de Judá
abandonasse as práticas pecaminosas, se arrependesse e se submetesse à
disciplina de Deus.
2.2. Devemos tomar cuidado com os profetas
mentirosos.
O livro de Romanos nos adverte: “E rogo-vos,
irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina
que aprendestes: desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor
Jesus Cristo, mas ao seu ventre: e, com suaves palavras e lisonjas, enganam os
corações dos símplices”. (Rm 16.17-18). Comparativamente falando, outro texto
diz: “Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e
prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. Mas vós vede;
eis que de antemão vos tenho dito tudo”. (Mc 13.22-23). Portanto, mediante
estes versículos mencionados, sejamos guiados pelo Espírito de Deus, exercendo
Sua vontade com sabedoria, para discernirmos estes profetas mentirosos na Casa
do Senhor.
A Palavra de Deus oferece exemplos
indiscutíveis de líderes que fracassaram em suas lideranças devido ao fato de
não escutarem a voz do Senhor. Cite como exemplo: a infidelidade de Saul (1Sm
13.13-14); a fraqueza de Eli (1Sm 3.11, 13); a maldade de Jeorão (2Cr 21.6,
20).
2.3. Cristo o maior profeta.
A promessa de Deus feita por intermédio de Moisés,
quanto ao profeta “semelhante a Moisés”, se cumpriu em Cristo (Dt 18.18). Os
discípulos de Jesus afirmaram: “Jesus, o nazareno, que foi varão profeta,
poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo” (Lc 24.19). Ao
entrar em Jerusalém, a multidão testificou que Jesus Cristo era o “Profeta de
Nazaré da Galileia” (Mt 21.10-11).
As profecias messiânicas do Antigo
Testamento somente poderiam ser preenchidas na pessoa do Senhor Jesus. Existem
centenas destas profecias espalhadas pelas Escrituras (Gn 3.15; 18.18; 49.10;
Is 9.7).
3. Nada podemos contra a verdade.
Sempre existirão dois caminhos a serem trilhados: o
da verdade e o da mentira. Ocasionando sua morte. A Palavra de Deus nos
recomenda a irmos sempre pelo caminho da verdade, como fez o profeta Jeremias.
O Senhor abomina a mentira e por isso não suporta a presença dos mentirosos (Ap
22.15). Vigiemos no que falamos, para que o diabo não encontre brecha em nós
(Tg 4.7).
3.1. O pai da mentira.
O inimigo de Deus é descrito na Bíblia como o pai
da mentira: “Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de
vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade,
porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é
próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. (Jo 8.44). O conjunto das constatações
acima confirma que o diabo é o pai da mentira e, assim sendo a mentira é um
aparelho diabólico que o homem usa para a sua própria condenação. Nesta
conjuntura, o mais triste disso tudo é que o homem ama a mentira, não ama a
verdade, pois é mau por natureza (Rm 1.25).
A mentira é o ato de iludir, enganar,
ludibriar. A mentira está presente diariamente na vida de todo o ser humano não
nascido de novo, que vive em convívio social. Cabe a nós, cristãos evitarmos
esta prática maldita, pois os mentirosos ficarão de fora (Ap 22.15.
3.2. A primeira mentira do mundo.
Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, o
pecado entrou no ser humano e, consequentemente, a morte. Contudo, o diabo
disse para Eva: “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis”.
(Gn 3.4). Notemos que a mentira é pela primeira vez citada pelo próprio diabo,
pois Deus havia dito: “...Dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás” (Gn 2.17). Qual voz você prefere escutar? A de Deus ou a
do diabo?
Mentir é pronunciar algo oposto à
verdade. É a expressão contrária ao que alguém sabe, crê ou pensa. Satanás
persiste em fazer os filhos de Deus mentir. Jesus disse em relação ao diabo:
“profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso” (Jo 8.44).
Todo cristão verdadeiro deve estar atento no falar (Mt 5.37).
3.3. O cinto da verdade.
O apóstolo Paulo, ao detalhar a armadura de Deus
que o cristão deve estar revestido, inicia pelo cinto da verdade (Ef 6.14).
Tanto na caminhada do discipulo de Cristo como no serviço cristão é
imprescindível a sinceridade ou integridade. Este é o sentido que muitos
comentaristas atribuem à palavra verdade neste texto. Assim, não haverá
embaraço. É aquela “verdade no íntimo” que encontramos no Salmo 51.6.
Contar uma mentira é mais do que discorrer alguma
coisa que seja fingido; é uma maneira mesquinha e sem qualquer embasamento.
Entretanto, falar a verdade é admitir um caráter idôneo (Ef 4.25). Mentir é, em
muitas situações, extremamente cômodo, mas sempre é a pior alternativa a fazer.
A mentira não promove bênçãos, pelo contrário, sempre gera dores,
aniquilamento, confusões, dúvidas, isolamentos e tantas outras coisas perversas
e aborrecíveis. A verdade sempre é a melhor escolha a ser feita em qualquer circunstância.
Conclusão.
Temos que falar sempre a verdade, custe o que
custar, sempre com honestidade! Por isso, devemos ter muito cuidado com o que
falamos! Pois, um dia, cada um de nós prestará conta de cada termo que saiu de
nossa boca.
Questionário.
1. O que é falso profeta?
R: Um falso profeta é uma pessoa que
assegura falar em nome de Deus, sem, contudo, representar a Deus ou mesma
pertencer a Ele (Mt 7.15).
2. Os falsos profetas se levantam contra o que?
R: A verdade (Mt 7.15).
3. Qual o principal pecado de Hananias?
R: Usar o nome do Senhor em vão (Êx
20.7).
4. O que o Senhor não suporta?
R: A presença dos mentirosos (Ap
22.15).
5. Quem é o pai da mentira?
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento,
Jovens e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103,
publicação trimestral, ISSN 2448-184X.