12 de fevereiro de 2017
Texto
Áureo
Josué 3.5
“Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque
amanhã fará o Senhor maravilhas no meio de vós”.
Verdade
Aplicada
Para desvendar o futuro, é preciso estar disposto a
atravessar os desafios que surgem à nossa frente.
Objetivos
da Lição
Mostrar aos alunos que a
santificação deve ser um estilo de vida;
Ensinar que
quem gasta tempo pensando antes das decisões não perde a paz após elas;
Iluminar o
entendimento dos alunos acerca da importante guerra espiritual dessa passagem
bíblica.
Glossário
Altivez: Atitude
arrogante;
Fardo: Carga; aquilo que causa
sofrimento difícil de suportar;
Misto: Mistura de elementos de
natureza diversa.
Leituras
complementares
Segunda Is 1.16-19
Terça Jr 1.12
Quarta Mc 7.21-23
Quinta Hb 4.16
Sexta Hb 9.1-28
Sábado 2Pe 3.9
Textos
de Referência.
Josué 4.4-7
Josué 4.4 Chamou, pois, Josué os doze homens, que escolhera
dos filhos de Israel, de cada tribo um homem,
Josué 4.5 E disse-lhes Josué: Passai diante da arca do
Senhor, vosso Deus, ao meio do Jordão; e levante cada um uma pedra sobre o seu
ombro, segundo o número das tribos dos filhos de Israel,
Josué 4.6 Para que isto seja por sinal entre vós; e, quando
vossos filhos no futuro perguntarem, dizendo: Que vos significam estas pedras?,
Josué 4.7 Então lhes direis que as águas do Jordão se
separaram diante da arca do concerto do Senhor; passando ela pelo Jordão,
separaram-se as águas do Jordão; assim que estas pedras serão para sempre por
memorial aos filhos de Israel.
Hinos
sugeridos.
3, 18, 126
Motivo
de Oração
Ore para que a fé dos novos convertidos cresça mais
e forte.
Esboço
da Lição
Introdução
1. O caminho exige santificação.
2. Antes de passar o Jordão.
3. Passando o Jordão.
Conclusão
Introdução
Santificação é uma ordem divina (1Pe 1.15-16), não
um modelo que se usa para obter determinado favor. Seu sentido literal é de
prática continua e não temporária. É uma maneira diferenciada de viver.
1. O
caminho exige santificação
Sob uma nova liderança, o povo deveria marchar e
tomar posse da promessa. Um novo ciclo havia começado e o primeiro desafio era
atravessar o Jordão. O Senhor fez algumas exigências e Josué era a peça chave
para conduzir o povo à Terra Prometida.
1.1. A
santificação.
As maravilhas de Deus para um amanhã diferente
descansavam numa vida de consagração (Js 3.5). Algumas traduções empregam a palavra
“consagrar”, que significa: “pertencer a Deus”. Alguns eruditos afirmam que
significa: “lapidar”, e outros sugerem: “ficar alegres”. A base latina de ambas
(consagração e santificação) traz implícito o significado de “santo”. O povo de
Israel devia lapidar-se a si mesmo do passado e de qualquer coisa que impedisse
a sua absoluta devoção (Is 1.16-19). Deviam “alegrar-se” ao perceber que outra
vez pertenciam a Deus e que estes os levaria à Terra Prometida.
O terceiro e o quarto capítulo do livro
de Josué nos falam: das promessas de Deus e de como devemos responder a elas;
do que Deus nos manda fazer e como fazê-lo; e de como Deus usa a nossa
cooperação e como devemos louvá-Lo. Essa geração guiada por Josué era uma
geração guerreira. Como líder, Josué se dispôs inteiramente a seguir as
estratégias divinas, mesmo sendo um homem de grandes qualificações e
experiência. A santidade é um atributo natural de Deus. Santificar a vida é
tentar melhorar nosso nível e assim poder estar mais sensível à voz do Senhor
(Is 1.19).
1.2. A
santificação faz abrir o Jordão.
O Senhor estava prestes a realizar algo maravilhoso
no meio do Seu povo (Js 3.5). Para isso, era necessária a santificação pessoal
de cada um. Deus faria o milagre, mas exigia do povo cooperação, confiança e
coragem. Josué compartilhou com o povo a estratégia que o Senhor lhe deu. Os
sacerdotes deveriam levantar a Arca da Aliança adiante do povo. A promessa era
que, quando as solas dos pés dos sacerdotes tocassem o Jordão, a maravilha da
separação das águas se desencadearia. O leito do rio se secaria e todo o Israel
atravessaria a pé enxuto (Js 3.7-13).
É lamentável como esquecemos coisas tão
simples ao longo de nossa caminhada. A santificação e separação pessoal ressoam
muito bem quando estamos à beira de um congresso ou festa anual. Não poderíamos
viver esse clima continuamente, independente de comemorações? As águas do
Jordão eram particularmente altas na época da colheita, quando o fluxo regular
do rio (cerca de quinze metros de largura) transbordava, alagando até a área
mais ampla ao longo das margens. Era uma enorme alegria verem com seus próprios
olhos a promessa sendo cumprida, isto é, o ímpeto das águas do Jordão sendo
refreado (Js 3.13).
1.3.
Sacerdotes na água, povo na terra.
A arca, que representava a presença do Senhor,
deveria ser levada pelos sacerdotes. Quando seus pés se molhassem, as enchentes
de águas cessariam e o povo passaria a pé enxuto. Porém, os sacerdotes deveriam
ficar parados, no meio do Jordão, até que todo o povo estivesse salvo. Havia um
misto de pânico e promessa no coração de cada sacerdote ao aproximar-se o
momento da decisão. Os sacerdotes, carregando a Arca do Concerto do Senhor,
eram os primeiros a se aproximarem do rio. Seus pés repousariam nas águas e
somente depois elas parariam. Que Deus levante homens assim em nossos dias,
dispostos a, em obediência ao Senhor, “molhar os pés” e, depois, aguardar que
todo o povo chegue ao outro lado (Js 3.15-17).
Existem hoje muitas pessoas sedentas e
com fome de Deus. Elas devem passar do deserto de seus muitos fracassos à
abundância da boa terra que é Cristo, com todas as Suas riquezas insondáveis.
Porém, é necessário que haja homens e mulheres firmes no meio do Jordão,
suportando os vitupérios da cruz de Cristo e sustentando com o poder do
Espírito Santo o testemunho do Senhor (Js 4.11). Pensemos nos sacerdotes
segurando a arca no meio do rio. Porém, o esforço desses poucos trouxe uma
grande bênção para todo o povo do Senhor (Js 4.21-24).
2.
Antes de passar o Jordão.
A passagem pelas águas do Jordão nos ensina que a
cada geração Deus se manifesta de acordo com o Seu propósito para a mesma.
2.1.
Não se alcança perfeição agindo com emoção.
As inúmeras vezes que falhamos são reflexo das
decisões que tomamos com base nas emoções antes de agir com a razão. Os grandes
erros surgem quando nos apressamos a decidir sem tomar o tempo suficiente para
avaliar o que vamos fazer. Tranquilidade antes de agir é o que fora
experimentado pelos israelitas. Josué descansou no Senhor antes de tomar uma
decisão. Este é um princípio de mudança que influencia tanto nossas vidas
quanto nossos ministérios. Será que já pensamos sobre quão eficaz seria
analisar responsavelmente todas as decisões que adotaremos em nossas vidas? Não
consultar a Deus antes das ações pode nos acarretar danos irreparáveis: “Porque
bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado,
porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou”.
(Hb 12.17).
Às vezes tentamos copiar meios pelos
quais algumas pessoas obtiveram sucesso, mas precisamos ter a consciência de
que para cada caso Deus tem uma maneira de se manifestar. Ele foi com Josué,
mas agiu diferente de como agiu com Moisés. Nosso maior obstáculo na vida não é
somente a série decorrente do caos provocado pelas decisões erradas, mas o fato
de não poder mais retroagir diante das decisões já tomadas. Por isso, é de
grande importância pensar antes de tomar decisões (Lc 14.28-30).
2.2. A
maravilha de amanhã depende do preparo de hoje.
A santificação de hoje garante a maravilha de
amanhã (Js 3.5). A confiança em Deus reflete em grandes obras do Criador em
resposta a fé (Pv 24.10). Como Cristãos, nos encontramos constantemente
enfrentando desafios para os quais fomos chamados a superar. É um princípio que
deve prevalecer em tudo o que fazemos. A nossa fé deve procurar crescer e ver a
glória de Deus. Se em algum momento temos preocupações sobre o que pode
acontecer amanhã, devemos ter a claridade de que fomos chamados para ter um
melhor porvir, porque o Senhor está batalhando ao nosso lado (Dt 1.30).
Devemos ter sempre em mente que essa
palavra também se aplica a todos nós. Fomos constituídos sacerdotes e isso
implica em responsabilidade. “em carregar a arca”, em estar disposto a “molhar
os pés” (1Pe 2.9). Nossa consagração abrange tanto nossos sucessos, quanto os
daqueles a quem lideramos.
2.3.
Quem gasta tempo sabe por onde deve seguir.
O fator tempo é um princípio que devemos examinar
bem todos os passos que daremos (Js 3.2). Quando invocamos a Deus em tudo
quanto pretendemos realizar, temos assegurada a nossa vitória. Esse é um
princípio que não nos trará ilusões e que terá cumprimento em toda nossa
existência, se aplicarmos no cotidiano. Se Deus vê o que está adiante de nós,
então a vitória é garantida (Js 3.3-4). Após três dias, Josué enviou seus
oficiais com uma estratégia para seguir o caminho. Andar com Deus é sempre
estar informado do caminho pelo qual devemos seguir.
Após falar, Deus sempre materializa o que
sai de Seus lábios, porque vela por Sua Palavra para cumprir (Jr 1.12). Como
ver convertidas em realidade as promessas de Deus? Acreditando e permanecendo
firme na esperança, porque Deus não retarda Sua promessa (2Pe 3.9).
3.
Passando o Jordão.
Para alcançar a terra de Canaã, os filhos de Israel
tiveram que descer até às margens do Jordão. Descer tem um significado diante
de Deus. É estar disposto a se humilhar e, se necessário, abrir mão de
posturas, posições, projetos pessoais e toda altivez da vida.
3.1. A
travessia do Jordão.
Quando Israel chegou ao Jordão, o povo já não era
guiado pela nuvem durante o dia nem tampouco pela coluna de fogo à anoite (ÊX
13.21). Agora era a arca da aliança, uma figura simbólica do próprio Jesus
Cristo, descendo ao Jordão, imergindo-se na morte, e dizendo: “Sigam-me”. É
Jesus nos convidando a sermos batizados nEle. Ele nos chama para começar uma
nova vida e romper com o passado (Hb 9.1-28). A travessia do Jordão é um
símbolo da entrada para a liberdade em Cristo.
O Senhor não nos chamou apenas para
descer o Jordão, arriscar a vida e enfrentar perigos. Ele nos chamou para subir
em direção a Jerusalém, onde está Seu governo é para sempre (1Ts 4.13-17). O
Senhor sempre nos tira de alguma situação a fim de nos levar a Ele mesmo. Não
basta simplesmente escapar do poder de Satanás, do cárcere da escravidão.
Devemos, também, entrar na vida espiritual que Ele nos propôs, a terra onde
quer que desfrutemos da excelência de Sua vitória. Ao sair do Jordão, os filhos
de Israel entraram na Terra Prometida, que simboliza a permanência em Cristo.
Para cada humilhação de nossas vidas, Deus tem uma recompensa de exaltação.
3.2.
Gilgal, o lugar da circuncisão.
Quando parecia que tudo estava bem, e que o povo
estava totalmente protegido, coberto pela presença de Deus, o senhor manda
Josué circuncidar todo o povo que nasceu no deserto (Js 5.2-5). Em Gilgal,
aprendemos que Deus dispõe a nos fazer livres dos fardos pesados do Egito, do
sofrimento humilhante do deserto e do desnível acentuado do Jordão. Aquele dia
foi de grande dor para os Israelitas. Se o Jordão aponta para uma nova vida,
Gilgal assinala que não existe nova vida sem sangue – uma figura simbólica da
cruz. Os Israelitas deveriam remover o prepúcio com uma faca de pedra como
sinal de que eles pertenciam a uma aliança fiel com Deus!
Todas as pessoas que nasceram no deserto
não haviam sido circuncidadas. Entrar na faca aqui lembra a submissão ao agudo
corte produzido pela Palavra de Deus (Hb 4.12). Simbolicamente, a faca representa
uma profunda purificação. O desejo divino é que venhamos a produzir
espiritualmente uma geração santa, mas isso principia em nós. Devido a natureza
adâmica, cada um de nós porta dentro de si o “opróbrio do Egito”(Mc 7.21-23),
que deve ser removido por uma operação na qual o Espírito do Senhor corta fora
todas essas paixões e domínios do mal.
3.3.
De Moisés a Josué.
A travessia do Jordão é uma das passagens mais
profundas do livro de Josué. Ela nos ensina o que Israel teve que fazer para
possuir a terra por herança. O capítulo começa dizendo: “Moisés, meu servo, é
morto” (Js 1.1-2). Uma representação da Lei, a qual era incapaz de conduzir o
povo a salvação (Hb 9.11, 15). Josué foi aquele que Deus escolheu para passar o
Jordão e conduzir o povo até a Terra Prometida. Seu nome significa: “Jeová
salva”, e tem o mesmo significado do nome Jesus. O povo deveria aceitar a Josué
como nós devemos aceitar a Jesus como nosso Salvador e Senhor.
Se o povo de Israel seguisse a Josué, passaria o
Jordão e conheceria a Terra Prometida. Para alcançar a vida abundante (a Terra
Prometida que nos espera), temos que lutar. Porém, guiados por Josué (Jesus), a
vitória estará assegurada. Para seguir as ordens dadas por Josué, é preciso
realmente estar disposto a deixar o Egito para trás emolhar os pés para cruzar
o Jordão. O Jordão transbordava, aparentava grande perigo e quem seguisse a
Josué (Jesus) deveria arriscar-se a confiarem em sua palavra (Hb 4.16). Quando
o Senhor diz “siga-me”. Ele não desvenda o que existe após a passagem do
Jordão. Lutas virão, inimigos se levantarão. Mas, até mesmo as muralhas
intransponíveis, ruirão diante daqueles que creem.
Conclusão.
A geração de Josué tornou-se um exemplo de
conquista e vitórias para todas as outras. Sua geração era santificada,
circuncidada, obediente e guerreira. A santificação faz parte de uma cartilha
vencedora que não podemos deixar de praticar.
Questionário.
1. Qual foi o primeiro desafio da geração liderada
por Josué?
R: Atravessar o Jordão (Js 1.2).
2. Qual a preparação feita pelo povo antes do
milagre do Jordão?
R: A santificação (Js 3.5).
3. O que garante a santificação de hoje?
R: O milagre de amanhã (Js 3.5b).
4. O que o Senhor mandou Josué fazer em Gilgal?
R: Circuncidar todo o povo (Js 4.19;
5.2-5).
5. Do que a Lei era incapaz?
R: De conduzir o povo à salvação (Hb
9.11, 15).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade
e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e
os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º
trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.