Jó
23.8 Eis que vou adiante, mas não está ali; volto para trás, e não o percebo;
Jó
23.9 procuro-o à esquerda, onde ele opera, mas não o vejo; viro-me para a
direita, e não o diviso.
Não é assim que você chora? Você
almeja ouvir a Deus e tudo o que consegue é ouvir apenas um grande silêncio!
Você ora, e sua oração não passa do teto. Completamente frustrado, você se
lembra de quando, em completa frustração, apenas balbuciava o nome de Deus, e
sua presença imediatamente se manifestava. Mas, agora, no deserto você grita:
"Deus! Onde estás?" E, como Jó, olha para todos os lados procurando
Deus e não o percebe. Você nem enxerga o que Deus tem feito a seu favor.
Bem-vindo ao deserto! Fique sabendo,
no entanto, que você não está sozinho, mas em boa companhia.
Você anda por onde andou Moisés... o
mesmo Moisés criado como príncipe no palácio de Faraó. O Moisés que tinha uma
visão de libertação do seu povo da escravidão do Egipto. Aquele Moisés que
pastoreou umas poucas ovelhas num canto isolado do deserto durante quarenta
anos.
Você tem a companhia de José... José,
o preferido do papai... José, com sonhos de liderança e conquistas. José, ainda
jovem, jogado numa cisterna e depois vendido como escravo por seus irmãos.
José, apodrecendo na prisão de Faraó...
Você está sentado ao lado de Jó... o
homem maior de todos os do Oriente Jó, que perdeu tudo: bens, filhos, saúde e o
apoio da esposa. Contudo, o mais importante é que você estará acompanhado do
Filho de Deus, Jesus, que depois de receber do Pai o testemunho de que era seu
Filho, após receber o Espírito Santo, foi para o deserto enfrentar as forças
das trevas.
A lista de viajantes do deserto é
extensa, pois o deserto é o lugar por onde passa todo filho de Deus.
Gostaríamos de procuramos um atalho ou desvio, mas eles não existem. A rota da
terra prometida passa pelo deserto, e a
terra não poderá ser conquistada se não o atravessarmos. Se quisermos entrar
na terra prometida, precisamos passar pelo deserto..
O deserto tem o seu lado bom
1Co 10.11 Ora,
tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso, para
quem já são chegados os fins dos séculos.
Especialmente
para aqueles que obedecem a Deus! Há um propósito com o deserto: treinar-nos e
preparar-nos para um novo mover do Espírito Santo. Se essa verdade não estiver
impregnada em nós, ao entrarmos no deserto, poderemos nos comportar
indevidamente. Sem perceber, as pessoas começam a fazer coisas erradas. O
resultado é que você passará a enfrentar dificuldades, frustrações e derrotas,
a menos que entenda que foi Deus quem o levou ao deserto e que ele é quem está
cuidando de você. Foi isto o que aconteceu com o povo de Israel. Por não
entenderem a razão de serem levados para o deserto, toda uma geração morreu
antes de entrar na terra prometida. Deus queria prová-los, prepará-los e
treiná-los no deserto, mas o povo não entendeu dessa maneira, achando que Deus
os estava punindo. Por isso o povo murmurou, reclamou e pecou.
O Deserto
Não é Lugar de Punição e de Reprovação
Lc 4.1 Jesus, pois, cheio do Espírito Santo, voltou do
Jordão; e era levado pelo Espírito no deserto.
Aqueles
que sabem que para entrar na terra prometida precisam atravessar o deserto,
enfrentar as dificuldades com alegria, sabendo que, mais além desse lugar seco
e infertil, a "terra prometida" os aguarda. Essa visão da glória
futura os capacita a terminar a jornada, dá-lhes coragem para enfrentar os
obstáculos, a fim de serem "perfeitos e íntegros, em nada
deficientes".
Deus
está preparando vasos úteis para seu serviço, aptos a receberem o novo mover do
Espírito Santo.
Tomemos
como exemplo a nosso Senhor Jesus, que enfrentou com sucesso os dias de seu
treinamento no deserto.
Só esse
fato deveria lembrar-nos que a razão de sermos levados para o deserto não é
porque fomos desaprovados ou porque estamos sendo punidos por Deus. Jesus foi
aprovado por Deus e levado ao deserto. Deus não trouxe você para o deserto
deixando-o sozinho e tornando-o alvo fácil para a ação de Satanás.
O Senhor
não pára de agir em nossa vida
Ele
nos conduz pelo deserto, e sem ele nunca chegaríamos ao outro lado! Além do
mais, o deserto não é um lugar onde somos deixados, "como numa
prateleira", até que ele volte a nos usar. Não é assim que Deus age
connosco. Ao contrário, o deserto é um período de tempo no qual ele age em nós
constantemente. Você conhece a expressão "não se vê a floresta através das
árvores"? Da mesma forma se dá com o deserto: é difícil ver a mão de Deus
agir em nós quando estamos nele.
O deserto não é lugar de derrota
2Co 2.14 Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz
em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu
conhecimento;
Pelo menos para aqueles que obedecem
a Deus! Jesus, fraco e faminto, sem ninguém a quem recorrer e sem ninguém que o
encorajasse; sem nenhum conforto ou manifestação sobrenatural, durante
quarenta dias, foi atacado pelo Diabo no deserto. Jesus derrotou o Diabo usando
a Palavra de Deus.
O deserto não é o lugar de onde os
filhos de Deus saem derrotados; é lugar de vitória.
O melhor lugar para aperfeiçoar o carácter
Hb
13.5 Seja a vossa vida isenta de
ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te
deixarei, nem te desampararei.
Existem pessoas que se culpam ao
chegar ao deserto, achando que Deus as desprezou ou que não está satisfeito com
elas. Ainda não compreenderam o sentido ou propósito do deserto na vida delas.
Na Bíblia e em toda a história,
homens e mulheres passaram pelo deserto como forma de serem capacitados por
Deus, para cumprir o seu propósito. Portanto, o deserto não significa rejeição,
mas preparo divino.
Quando você aceitou o Senhor Jesus, e
Ele o encheu do seu Espírito, a presença de Deus era maravilhosa e real. Você
apenas sussurrava o seu nome e Ele se manifestava. Semelhante a uma criança
recém-nascida, você recebia dele toda atenção.
O nível de assistência e cuidado que
um bebé recebe tem de ser mudado à medida
que ele cresce. Isso o encoraja a crescer e a amadurecer.
O Pão Nosso de Cada Dia
Fp 4.11 Não digo isto por causa de necessidade, porque já
aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre.
Fp 4.12 Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda
maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em
passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade.
Fp 4.13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
No deserto, você recebe o "pão
de cada dia", e não a
"abundância de riquezas". É
um tempo em que nada lhe falta para o
suprimento físico e material, mas você não ganha tudo o que quer. Deus sabe do
que você precisa para o suprimento espiritual, e nem sempre ele dá o que você
acha que precisa!
Achamos que o que queremos é uma
"necessidade", quando a realidade é bem outra!
Paulo aprendeu que, na força de
Cristo, poderia viver alegre na pobreza e na abundância. Os que vivem na
fartura sentem-se mais infelizes do que aqueles que sofrem necessidades
diárias.
O bem que
possuíam não era sinal de santidade! Somente duas pessoas, dentre as milhares
que saíram do Egipto com idade acima de 20 anos, tinham o carácter necessário
para entrar na terra prometida. Josué e Calebe entraram na terra porque tinham
"espírito diferente". Seguiam a Deus de verdade (Nm
14:24)! Erramos em nossos sistemas de valores quando julgamos as pessoas pelas
riquezas e posses, e não por aquilo que são.
O deserto é um lugar de secura
Dt 8.12 para não suceder que, depois de teres comido e estares
farto, depois de teres edificado boas casas e estares morando nelas,
Dt 8.13 depois de se multiplicarem as tuas manadas e es teus
rebanhos, a tua prata e o teu ouro, sim, depois de se multiplicar tudo quanto
tens,
Dt 8.14 se exalte e teu coração e te esqueças do Senhor teu
Deus, que te tirou da terra o Egito, da casa da servidão;
Dt 8.15 que te conduziu por aquele grande e terrível deserto
de serpentes abrasadoras e de escorpiões, e de terra árida em que não havia
água, e onde te fez sair água da rocha pederneira;
Dt 8.16 que no deserto te alimentou com o maná, que teus pais
não conheciam; a fim de te humilhar e te provar, para nos teus últimos dias te
fazer bem;
Dt 8.17 e digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza
da minha mão me adquiriram estas riquezas.
Dt 8.18 Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o
que te dá força para adquirires riquezas; a fim de confirmar o seu pacto, que
jurou a teus pais, como hoje se vê.
Pode ser secura espiritual,
financeira, social ou física.Ele supre nossas necessidades, porém não nos dá
aquilo que desejamos. Afinal, o objectivo do deserto é o nosso aperfeiçoamento.
Nosso alvo deve ser conhecer melhor o Senhor, e não apenas viver em busca de
suas provisões. Assim, quando tivermos em abundância, reconheceremos que foi o
Senhor quem nos deu. Ele nos concede abundância de sua graça, para confirmar a
sua aliança
TEMPO DE PROVAÇÕES
Dt 8.2 E te
lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus tem te conduzido
durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar, para
saber o que estava no teu coração.
Sem
nos dar conta, buscamos a Jesus por motivos errados.
Sem
querer, o usamos como a "lâmpada de Aladim".
Nós
o reduzimos a uma fonte de suprimentos para os momentos de crise.
Vários
dias se passaram e você já está cansado, com sede, faminto e enfrentando um
calor insuportável. Ainda nem chegou aos limites da terra
"prometida"; ao contrário, anda errante pelo deserto em meio a
serpentes e escorpiões. Você acha que Deus o tiraria poderosamente do Egipto
para deixar você errante, confuso, sedento, doente, faminto e sujeito a morrer
no escaldante deserto?
Que
propósito Deus tinha em mente?
Dt 8.3 Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te
sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a
entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do
Senhor, disso vive o homem.
Assim
como o Senhor conduziu o povo de Israel, do Egito para o deserto, da mesma
forma ele o guia. Foi Deus quem o conduziu, e não o Diabo. E existe um
propósito para este tempo de secura. Deus quer humilhá-lo e prová-lo para ver
se seu coração é perfeito diante dele. Ele quer nos conhecer melhor.
Durante
quarenta anos, viam todos os dias o mesmo cenário, areia, pedras, cactos,
terra seca. Nenhuma palmeira, ribeiros de águas transparentes, florestas,
árvores, lagos adornados de pinheiros e flores... apenas deserto!
O que Deus
fez? Deixou-os famintos de tudo o que pudesse satisfazer os desejos da carne,
e jamais privou o povo do sustento fundamental.
Seu
objectivo? Prová-los. Em que consistia a prova? Deus queria testá-los para
saber se o amavam mais do que tudo que deixaram para trás; se o desejavam mais
do que às coisas do inundo; se teriam fome e sede de sua presença, e não dos
prazeres e conforto do mundo!
A Motivação da Busca
Existem muitas pessoas descontentes
na igreja; são pessoas que perderam o primeiro amor. Muitos membros de nossas
igrejas estão desviando-se e abandonando a fé. Querem o Senhor apenas por
aquilo que Ele pode fazer por eles e não pelo que Ele é. Enquanto Deus lhes dá
o que querem, sentem-se felizes e animados, mas na hora da provação os motivos
de seu coração vêm á tona. Sempre que o foco for o indivíduo, vem a murmuração.
E a história é sempre a mesma: na
hora em que enfrentamos as dificuldades do deserto, achamos alguém em quem colocar
a culpa. Geralmente acusa-se a liderança, a família e os amigos. Deus está
colocando o prumo e medindo com seu cordel o coração da Igreja. É tempo de
buscarmos o Senhor para que sejamos encontrados fiéis!
NOSSO
EXEMPLO
Hb 3:10 Por
isso, me indignei contra essa geração e disse: Estes sempre erram no coração;
eles também não conheceram os meus caminhos.
Sofremos
sob o jugo de promessas não cumpridas, até que o fardo fica tão pesado que mal
conseguimos erguer a voz em oração.
Eis as principais razões que levaram
o povo a desagradar a Deus:
O povo era ambicioso e inclinado ao
mal.
O povo também era inclinado à
idolatria.
Povo imoral que se prostituía
constantemente.
Viviam murmurando e tentando o
Senhor.
Essas áreas de pecado mostram que
havia um problema, ou uma raiz profunda a ser tratada na vida do povo.
A fonte do erro estava no coração
deles, razão por que suas obras eram más! Se a pessoa tem o coração reto diante
de Deus, tudo o que fizer se alinhará com a vontade dele. Se o coração não for
reto, a pessoa fica aquém do chamamento divino. Seu alvo deve ser o de
alcançar o prémio da soberana vocação de Deus, conhecendo-o melhor. Com um
foco errado, acertaremos o alvo errado.
OS CAMINHOS DE DEUS
Is 40:3 Voz do
que clama no deserto: Preparai o caudilho do Senhor; endireitai no ermo vereda
a nosso Deus.
O caminho de Deus passa pelo meio do
deserto e é nele que seu caminho é preparado. É a estrada ou rodovia que leva à
vida de exaltação; por esse caminho, descobrimos como Deus vive e pensa.
Deus não está buscando uma forma
exterior de santidade; Ele quer ver uma mudança de coração…
Poucos andaram por essa estrada, no
entanto, muitos estão sendo preparados por Deus para que andem nela.
E no deserto que o caminho do Senhor
é preparado. Seu nome: Caminho Santo!
Uma das definições de santidade é
"pureza de vida". Jesus disse: "Bem-aventurados os limpos de
coração..." (Mt 5:8).
O caminho ou método para uma vida de
santidade plena é o coração puro. O Senhor não retornará para uma Igreja impura
e sem santidade. Ele virá ao encontro de uma Igreja sem manchas, rugas ou
qualquer outra impureza. Muitos querem santificar-se observando regras e
costumes e fracassam na vida cristã.
O deserto é crucial na vida de todo
crente, pois é ali que Deus purifica os motivos e intenções do coração.
O FOGO
PURIFICADOR
Ml 3:1-3 Eis
que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de
repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a
quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos.
Mas quem poderá suportar o dia da sua
vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque ele ê como o fogo do
ourives e como a potassa dos lavandeiros. Assentar-se-á como derretedor e
purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e
como prata; eles trarão ao Senhor justas ofertas.
Reconheça que este é o tempo de Deus
para você. Quando o fogo das tribulações lamberem sua vida, não fique zangado;
Deus tem um propósito em tudo isso. Examine seu coração, permitindo que Deus
separe o precioso do vil. Tenha sempre em mente que o refinamento fortalece e
melhora o que já é bom, afastando aquilo que enfraquece ou corrompe. Este tempo
de purificação deve ser saudado como algo bom, que fará de você um vaso de
honra, apto para manifestar a glória de Deus.
ELEMENTOS
UTILIZADOS NO REFINAMENTO
1 Pe 1:6, 7 "Nisso exultais, embora,
no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias
provações, para que, uma vez. confirmado o valor da vossa, fé, muito mais
preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor,
glória e honra na revelação de Jesus Cristo".
Não
é a unção que faz de uma pessoa um homem de Deus, e sim seu caráter.
As
lutas e tentações levam ao refino ou à purificação. As angústias e aflições
purificam nosso coração.
Nos
últimos dias, sobrevirão tempos de angústia, pois os homens serão egoístas,
avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,
ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio
de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos
dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto,
o poder. Foge também destes...
É
bom notar que a unção não é sinal da aprovação de Deus na vida de uma pessoa.
Paulo exortou a Timóteo a que imitasse seu estilo de vida. Ele sabia que os
frutos da vida de Timóteo seriam os elementos que levariam adiante a missão e a
unção que Deus havia comissionado àquele jovem.
Gl 5:22, 23 Mas o fruto do Espírito é:
amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
No deserto a pessoa é purificada e
tem o seu caráter desenvolvido. Na fornalha da aflição e da perseguição é que o
servo de Deus piedoso é forjado. Romanos 5:3, 4 diz: "E não somente isto,
mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação
produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência,
esperança". Tais coisas forjam o homem de caráter.
Os ímpios prosperam e nós, não
Ml 3:16 Então,
os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia;
havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor e para os que
se lembram do seu nome.
Qual é a reclamação das pessoas? Não
adianta servir e obedecer ao Senhor; a gente obedece e nada dá certo. Afinal,
estamos perdidos. Os ímpios prosperam e nós, não. Deus diz que esse tipo de
reclamação soa aos seus ouvidos como palavras duras dirigidas contra ele. Para
ser mais claro, pura murmuração!
Deus está atento, procurando ver quem
apenas quer o benefício e quem o quer de coração. Você tem de decidir entre a bênção
e o dono da bênção. Há uma diferença entre bênçãos e bênçãos verdadeiras.
Algumas bênçãos não são duradouras, se seu coração não for correto.
Nossa herança não consiste de coisas
terrenas ou de posições. Nossa herança é o próprio Senhor! Ezequiel 44:28 diz:
"Os sacerdotes terão uma herança; eu sou a sua herança. Não lhes dareis
possessão em Israel; eu sou a sua possessão" (grifo do autor). As pessoas
hoje, até mesmo os crentes, visam apenas à herança material, deixando de olhar
para a verdadeira herança nos céus. E claro que muitas coisas materiais nos são
dadas por Deus, mas não podemos agir como a criança que está mais interessada
no presente do papai do que na amizade dele. Tenho três filhos c tenho prazer
em lhes dar presentes. Agora, ficaria triste se eles só me procurassem por
causa dos presentes que lhes dou.
Tenho fome e sede da Palavra do Senhor
Lc 24:32 E
disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo
caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?
Essas pessoas não estão à procura de posição, de
reconhecimento ou de "coisas", são pessoas que querem conhecer ao
Senhor; vivem consumidas pelo desejo de o conhecerem melhor. São pessoas que
almejam as coisas do Espírito, e suspiram consigo mesmas: "Tudo o que
quero é conhecer ao Senhor. Quero agradar-lhe. Tenho fome e sede da Palavra do
Senhor. Amam a Jesus em primeiro lugar; não ao ministério. Não se importam se
estão em pleno deserto ou pregando diante de milhares de pessoas.
O Senhor procura pessoas que, mesmo
nas épocas de secura e em pleno deserto, sejam sinceras de coração. Ao encontrá-las,
imediatamente o Senhor registra os seus nomes num memorial, pois o que desejam
será concedido a elas.
Vingança ou lamentação?
Sl 35.11 Levantam-se testemunhas maliciosas; interrogam-me
sobre coisas que eu ignoro.
Sl 35.12 Tornam-me o mal pelo bem, causando-me luto na alma.
Sl 35.13 Mas, quanto a mim, estando eles enfermos, vestia-me de
cilício, humilhava-me com o jejum, e orava de cabeça sobre o peito.
Sl 35.14 Portava-me como o faria por meu amigo ou meu irmão; eu
andava encurvado e lamentando-me, como quem chora por sua mãe.
Quem sabe você esteja bem no meio da
fornalha. Aqueles que deveriam amar a você são os que mais querem fazer-lhe
mal.
Qual sua reação? Defesa ou ataque?
Vingança ou lamentação?
Você está disposto a deixar que Deus
vingue por você?
Está disposto a ficar firme no amor
de Deus?
A Deus pertence a vingança, não a
nós! Como José, temos de vencer o mal com o bem.
Não se vingue com amargura, falta de
perdão, falatórios vis, com lutas e divisões. Revista-se do amor de Deus,
porque o amor cobre multidão de pecados!
Tenha coragem e ânimo, para resistir a todos os
embates e tempestades do deserto.
Não se iluda: mesmo a estrada do bem está cheia de
tropeços e dificuldades...
Continue, porém!
Não dê ouvidos às pedras colocadas pela inveja, pelo
ciúme, pela intriga...
Marche de cabeça erguida, confiantemente, e vencerá
todos os obstáculos da caminhada.
E, se for ferido, lembre-se de que as cicatrizes serão
luzes que marcarão a sua vitória. Pois no deserto, Deus estará contigo!
Fonte: Livro Vitória no Deserto - John Bevere
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