segunda-feira, 14 de novembro de 2016

ANJOS

Hb 1.4 feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
Hb 1.5 Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?
Mt 22.30 pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os anjos no céu.
Por volta da metade da década de 90 irrompeu uma onda doutrinária a respeito dos anjos. Desde então têm sido produzidas várias obras sobre o assunto nos meios religiosos não cristãos. Muitas nestas obras se ocupam em mostrar que a doutrina dos anjos é uma herança das religiões orientais, e são carregadas de misticismo.
A mídia, especialmente a televisão, encarregou-se de espalhar os conceitos errôneos sobre os anjos, explorando a credulidade nas pessoas espiritualmente fracas e supersticiosas.
As mistificações
Anjos são vistos nos cantos superiores das naves dos templos, pousados nos lustres. Estas mistificações causam repulsa e levam a considerar o assunto dos anjos uma questão de crendice popular ou de superstição, que não merece uma reflexão séria. Esta é, provavelmente, mais uma razão por que a doutrina dos anjos é esquecida. Entretanto, ao invés de esquecê-la, apenas deveríamos nos livrar do misticismo em torno dos anjos.
O materialismo
Os materialistas negam a existência de um mundo espiritual, por isso também negam a existência dos anjos. Só aceitam a realidade do mundo material rejeitando tudo o que vá alem na matéria. Contrariam a vontade de Deus., porque "só se preocupam com as coisas terrenas e estão condenados à perdição (Fp 3.17.4:1).
O espiritismo
A doutrina espírita sobre os anjos se encaixa devidamente no conjunto da sua estrutura doutrinária cuja linha mostra é a reencarnação. O espiritismo ensina que os anjos são almas dos mortos que depois de várias etapas de reencarnação, alcançaram um grau máximo de perfeição. Assim negam a existência distinta dos seres angelicais. Para eles, tanto os anjos bons como os maus ou demônios inexistem. Estes últimos, dizem, são almas desencarnadas. Rejeitamos a doutrina da reencarnação, refutando-a com textos bíblicos, como o de Hb 9:27: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo". Ninguém há que tendo passado desta vida para a outra, volta, mesmo que seja para um bom propósito. e muito menos para habitar em outro corpo (Lc 16:27-31).
Precisamos estudar seriamente o assunto para termos segurança. diante de tanta ignorância a respeito ou de tanta deturpação da verdadeira doutrina.

ANGELOLOGIA - UMA DOUTRINA BÍBLICA
Não é, pelo simples fato de levarem o rótulo de evangélicos que editoras e escritores produzem livros baseados nas Escrituras, razão pela qual devemos ser criteriosos na escolha e compra de livros.
Há livros sobre anjos e demônios que não têm como fonte somente as Escrituras. Baseiam-se também em experiências ou alinham às informações bíblicas os ensinamentos do misticismo religioso do nosso tempo. Serve-nos, portanto, a advertência de Paulo: CL 2:8 "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vás sutilezas conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo...".
Devemos estudar angelologia unicamente por uma perspectiva bíblica. Os anjos são mencionados em toda a Bíblia:
108 vezes no Antigo Testamento e
175 vezes no Novo Testamento.
72 das quais no Apocalipse.
Em todas as partes do Antigo Testamento os anjos são mencionados:
Nos livros da lei
Nesta parte da Bíblia os anjos aparecem em muitas ocasiões:
Gênesis: logo em Gn 3:24 são mencionados. Os querubins. anjos que guardavam o jardim do Éden. Mais adiante encontramos um anjo falando a Agar (Gn 16:7); outros dialogando com Abraão (Gn 18:2;
22:11); outros livraram Ló de serem destruídos junto com Sodoma e Gomorra (Gn 19:1); outros apareceram numa visão a Jacó e um deles lutou com o patriarca (Gn 28:12 e 32:24).
Êxodo: este livro faz menção do anjo de Deus que ia adiante ao povo de Israel Ex 23:20; 32:34.
Números: Moisés faz referência à proteção dispensada pelo anjo de Deus a Israel, quando envia uma mensagem ao rei de Edom, solicitando passagem pelas terras do seu domínio (Nm 20:16). Um anjo também aparece a Balaão repreendendo-o por ter espancado a jumenta (Nm 22:31-35).
Nos livros históricos
Nesses há algumas referências a anjos. a. Juizes: um anjo aparece repreendendo os israelitas (Jz 2:1); o anjo do Senhor é mencionado no cântico de Débora (Jz 5:23); um anjo foi instrumento de Deus para a vocação de Gideão (Jz 6:11) e outro anunciou o nascimento de Sansão (Jz 13:3).
Livros dos Reis: os anjos também estiveram em ação: um confortou a Elas (1 Rs 19:7; 2 Rs 1:3); outro feriu os assírios (2 Rs 19:35).
Nos livros poéticos
Pode-se afirmar que eram anjos, pois dizem respeito a
seres criados imediatamente por Deus, sem intermediários.
Salmos: anjos são mencionados algumas vezes, entre as quais em SI 29:1; 91:11.12; 103:20.
Nos profetas
Há nos livros proféticos registro de várias visões em que aparecem anjos: Isaías viu serafins por cima do templo (Is 6:2);
Em Daniel 3:25. um ser “semelhante a um filho dos deuses" com o qual os amigos de Daniel foram vistos pelo rei Nabucodonosor, passeando na fornalha, pode ter sido um anjo; o profeta também
testifica que foi um anjo que fechou a boca dos leões (Dn 6:22).
Portanto, basta folhear o Antigo Testamento para notar que os anjos não são símbolos, alegorias ou criações míticas. Ao contrário, são seres reais, objeto de fé do povo de Israel, o qual admitia que Deus se servia dos anjos para governar o mundo e dirigir os rumos da história. O Novo Testamento reafirma a doutrina dos anjos exposta no Antigo.
Nos Evangelhos
Podemos constatar. primeiro, que os anjos aparecem nesta parte a algumas pessoas, às quais comunicam alguma revelação: a José (Mt 1:20,24; 2:13,19), a Maria (Lc 1:26) e a Zacarias (Lc 1:11,13).
Aparecem também servindo ao Filho de Deus no deserto (Mc 1:13) e anunciando Sua ressurreição (Mt 28:2). Jesus mesmo ensinou sobre a atuação deles, conforme o registro dos evangelistas (Mt 13:39,49;
18:10; 22:30; Mc 12:25; Lc 15:10; 16:22).
Em Atos dos Apóstolos
Logo no início deste livro os anjos aparecem na ascensão de Jesus Cristo (At 1:10.11). Depois surgem falando a Filipe (At 8:26), a Cornélio At 10:3:11:13) e a Paulo (At 27:23).
Nas cartas paulinas
Nesta secção do Novo Testamento desenvolve-se a doutrina. Por 14 vezes a palavra "anjo” é mencionada.
Paulo não só acreditava na existência deles como também em seus serviços ( Rm 8:38; Gl 3:19).
Paulo afirma que os anjos são criaturas de Deus e como tais estão sujeitas a Cristo (Cl 1:16:Fp2:10).
Paulo ensina que, quando na terra, Jesus Cristo foi assistido pelos Anjos e quando Cristo voltar, se ouvirá a voz do arcanjo (1 Ts 4:16) e que a lei foi transmitida pelo ministério dos anjos (GI 3:19).
Paulo por outro lado adverte quanto ao perigo de se dar crédito a um evangelho pregado por algum anjo (GI 1:8).
Na carta aos Hebreus
Nesta carta os anjos aparecem mencionados 13 vezes.
O propósito do autor é demonstrar a superioridade de Jesus Cristo sobre eles (Hb 1:4,5,13.14; 2:2.5,7.9; 12:22).
5. Nas cartas de Pedro
O apóstolo Pedro ensina sobre a justiça divina aplicada aos anjos decaídos (2 Pe 2:4,10) e sobre a sujeição dos anjos a Jesus Cristo (1 Pe 3:22).
No Apocalipse
Neste livro a palavra anjo a parece 72 vezes, nas quais os seres angelicais desempenham vários papéis.
Os anjos compõem um coro ao redor do trono de Deus (Ap 5:11).
Os anjos estão diante dEle prontos a executar suas ordens (Ap 8:2).
c. Os anjos são os instrumentos de aplicação do juízo de Deus sobre a terra (Ap 14:15; 15:1).
A Bíblia nos ensina sobre os anjos, e este ensino é suficiente para o nosso entendimento a respeito destes seres angelicais. Recorrer
a outras fontes oferece o risco de se desviar da reta doutrina que as Escrituras contém.
ANJOS - QUEM SÃO ESSES SÉRES?
O significado comum é mensageiro, enviado.
Anjos, com o sentido de mensageiros, não diz respeito à natureza espiritual desses seres, mas determina a sua missão. Com esse mesmo sentido de mensageiro ou enviado. Pessoas humanas são chamadas 'anjos": o sacerdote (MI 2:71: o rei (2 Sm 14:17,20) ;os pastores/líderes das sete igrejas do Apocalipse (Ap 2:1,8,12.18; 3:1, 7, 141. Contudo não  é difícil perceber quando o termo se refere as seres celestiais, porque vem associado à pessoa de Deus como, por exemplo, em Gn 16:7; 28:12 e SI 34:7.
Deus criou tudo o que existe, as coisas visíveis e as invisíveis. Entre elas criou os anjos (Cl 1:16).
Examinando a Bíblia concluímos que foram criados todos de uma só vez - Deus criou uma companhia de anjos e não uma raça.
Quando foram criados?
Provavelmente foram criados antes da criação ao mundo físico. É o que podemos entender a luz em Jó 38:4-7.”.0s filhos de Deus", que foram testemunhas da criação de todas as coisas certamente eram os
anjos. Se puderam contemplar toda a criação divina, é porque já haviam sido criados antes dela.
Em qual estado foram criados?
Originalmente as criaturas angelicais eram santas. Todas as outras coisas criadas por Deus eram boas (Gn1:31) e os anjos foram criados neste estado de justiça, bondade e santidade. Havia uma condição original de igualdade em todos os anjos (2 Pé 2:4). Os anjos que assim perseveraram, continuaram a serviço do Senhor e foram chamados eleitos (1 Tm 5:21)
Os anjos maus são os que não perseveraram no estado original. Rebelaram-se e tornaram-se inimigos de Deus dos outros anjos e dos homens, e estão condenados a tormentos e castigo eterno ( Jd 8:29; Mt 8:29; 25:41)

Onde habitam?
Habitam nas regiões celestiais, onde se manifestam. Várias referências nos dão conta de que os anjos têm sua habitação numa dimensão celestial. Jacó, sonhando, viu anjos que subiam e desciam uma escada cujo topo tocava os céus (Gn 28:12). No Apocalipse anjos são vistos nos céus (Ap 8:5). Quando descem a terra; o fazem para cumprir uma missão ( At 12:7). 
Os anjos são seres pessoais
Deus atribuiu a esses seres que criou características pessoais. A crendice popular tem os anjos como espíritos impessoais ou influências sobre os homens. Diferentemente do que popularmente se pensa, a Bíblia os apresenta como pessoas. São seres inteligentes, têm vontade própria e prerrogativas específicas. Um exame do texto de Gn 19:1-13 demonstra isso. Dois anjos estão dialogando inteligentemente com Lo, determinando providências e agindo coerentemente.
Os anjos são seres imortais
Não são eternos, nem possuem a imortalidade essencial, que só Deus possui (1 Tm 6:16), mas são imortais (Lc 20:36), do mesmo modo que o são as almas dos homens. A eternidade para os anjos é a
mesma concedida aos seres humanos, na qualidade de criaturas de Deus (Lc 20:35,36).
Os anjos são seres espirituais e incorpóreos
Os seres celestiais estão destituídos de qualquer forma corpóreos - têm uma natureza espiritual (Mt 8:16: Ef 6:12;Hb 1:14). Por isso não possuem carne nem osso (Lc 24:39) e não podem exercer atividades que são próprias dos seres humanos (Mt 22:30).
Anjos apareceram na forma de homem (Gn 18:2; 19:1); agiram como homens, ingerindo alimentos (Gn 18:8; 19:3), apenas para convencer de sua Presença real as pessoas a quem apareciam.
Os anjos de Deus não tomam outros corpos para se manifestarem. mas tomam formas de pessoas humanas visíveis para se fazerem manifestos” 
Os anjos são seres morais
Se forem seres pessoais, possuem também uma natureza moral e, portanto se encontram debaixo de obrigação moral. São recompensados por sua obediência e foram castigados por sua desobediência. Há anjos que permaneceram fiéis a Deus (At 10:4:22; Ap 14:10) e anjos desobedientes, infiéis que caíram (Is 14:12: Ez 28:15; Jo 8:44; 2 Pé 2:4).
Os anjos são seres gloriosos
Foram criadas com. glória e dignidade sobre-humana (Lo 9:26). No Apocalipse alguns anjos são descritos com majestade (Ap 10:1-3), contudo, não possuem a mesma glória do Pai nem a mesma glória do Filho (Hb 1:5-13). Anjos são seres celestiais; não são seres divinos.

Os anjos São seres inteligentes
Não são oniscientes. Não têm inteligência num grau perfeitamente
elevado como Deus, mas a possuem em grau mais elevado que os homens (2 Sm 14:17,20; Mt 24:36 1 Pe 1:12).
A ORGANIZAÇÃO ANGELICAL
Depois de refletimos sobre a personalidade e a natureza dos anjos, podemos pensar um pouco no modo como estão organizações. Temos algumas informações bíblicas sobre a organização dos anjos e sobre
uma hierarquia angelical. Deus constituiu diversas ordens de anjos para O servirem e o glorificarem. Em cada uma das ordens os anjos são diferentes em poder e autoridade.
Os anjos também possuem uma classificação governamental que indica organização e hierarquia, informe Ef 3:10 dos anjos bons e Ef 6:12 dos anjos maus. Sem dúvida, Deus determinou a organização
dos anjos bons e Satanás a dos anjos maus. Do mesmo modo que nos governos terrenos há graduações e posições, também as há nas regiões celestiais.
Anjos bons são organizados; demônios também são organizados; enquanto os cristãos acham desnecessário serem organizados. Muitos acham que podem lutar sozinhos, vencer a luta sozinha, sem se submeterem a uma autoridade eclesiástica. Sem organização e sem disciplina. Os anjos estão hierarquicamente ordenados. Aparecem numa escala de graduação ou de autoridade. Esta graduação está de acordo com a atividade que exercem.
Arcanjo
'Arcanjo' Na Bíblia aparece a menção de apenas um arcanjo – Miguel Seu nome significa "quem é como Deus" ou "semelhante a Deus".
E o significado do seu nome "Miguel" pode representar uma resposta a Lúcifer, cujo coração se elevou, dizendo 'Serei semelhante ao Altíssimo'(Is 14:14).
Em Dn 12:1 Miguel aparece como um dos primeiros príncipes - o "grande príncipe" - que se levantará como defensor dos filhos de Israel. Ap 12:7- 12 o arcanjo Miguel aparece comandando um exército de anjos que batalham e derrotam o diabo e seu exército de anjos maus. Outra referência a arcanjo encontra em 1 Ts 4:6 numa alusão à segunda vinda de Jesus Cristo. Quando Ele voltar, os remidos serão convocados pela 'voz do arcanjo” e ressuscitarão dos mortos para irem ao encontro do Senhor nos ares”.
Querubins
"Querubins " cujo significado é "guardar" e 'cobrir". Com esta função os querubins aparecem mencionados em vários textos. Eles agiram como guardiões da santidade de Deus, tendo guardado o caminho para a árvore da vida no jardim do Éden (Gn 3:24). O uso dos querubins na decoração do tabernáculo também indica sua função de guardião.
Eles possuem extraordinário poder e majestade. Querubins são, portanto, anjos que defendem o caráter santo de Deus. Assim os encontramos em ação”. 
 
Serafins
"Serafim " significa "ardente". Estes seres angelicais são mencionados apenas em Is 6:1-Eles aparecem ao redor do trono de Deus a postos para cumprirem Suas ordens. Os serafins são considerados os mais nobres entre os anjos Enquanto os querubins se ocupam em demonstrar a santidade de Deus, os serafins trabalham para promover a reconciliação preparando os homens para uma adequada aproximação dEle.
Os anjos são descritos por Isaias, em sua visão, como tendo asas: "cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés e com duas voava" (Is 6:2). Estas asas têm um sentido simbólico: As que cobriam o rosto mostram a necessidade de uma atitude de reverência diante do Senhor;
As que cobriam os pés falam da santidade do andar diante de Deus;
As que serviam para voar indicam a grande capacidade de movimento e locomoção dos anjos. "Com que reverência deveríamos nos comportar quando nos dirigimos á Majestade Divina, diante do qual os próprios serafins escondem seus rostos! E se eles cobrem os seus pés. estão conscientes de sua imperfeição natural comparada com a glória infinita de Deus; nós que não passamos de torrões de terra, vis pecadores, deveríamos corar de vergonha na Sua presença..."
Outros anjos
Um deles, mencionado pelo nome, é Gabriel. Foi incumbido de missões extraordinárias, para revelar mistérios que se encontravam acima da compreensão humana. Gabriel significa "Deus é forte". Aparece como mensageiro da misericórdia e promessas divinas.
Além do anjo Gabriel, aparecem outros anjos nas Escrituras, designados por Deus para tarefas específicas:
a. mensageiros do juízo (Gn 19:13; 2 Rs 19:35);
b. com poder sobre o fogo (Ap 14:18);
c. com poder sobre as águas (Ap 16:5);
d. os sete anjos anunciadores de juízos (Ap 8:2)
e. anunciadores de nascimento de crianças (Gn 18:1,10; Jz 13:3).

Organização dos anjos
Do mesmo modo que todo o restante da criação de Deus segue uma ordem ou organização, também os anjos possuem a sua hierarquia e cada um a sua missão.
Há uma grande lição prática neste fato da organização e hierarquia dos anjos bons. Eles estão acostumados à disciplina e à obediência, e nisso nos servem de modelo. É bom também advertir que a classificação dos anjos não pode ser definitiva. Há uma grande variação nas ordens apresentadas pelos teólogos.
O MINISTÉRIO DOS ANJOS NA BÍBLIA
Os anjos atuam como agentes especiais de Deus. Geralmente se deslocam de um lugar para outro para dar cumprimenta as ordens do Senhor. Às vezes se tornam visíveis, mas não são reconhecidos imediatamente como anjos. Seja coma for, estão sempre atendendo a uma missão cada pelo Criador e servindo-o voluntariamente.
"As 273 referências da Bíblia feitas a anjos são principalmente narrativas de suas atividades e nelas descobrimos um vasto campo de realizações"
No Antigo Testamento encontramos os anjos exercendo varias atividades, dentre as quais destacamos:
A promulgação da lei
Embora no momento em que Moisés recebeu a lei não se mencione a participação dos anjos, no Novo Testamento se afirma que "foi promulgada por meio de anjos" (Gn 3:19) ou foi recebida por "ministério de anjos" (At 7:53).
O socorro a pessoas
Alguns personagens bíblicos tiveram a atuação direta dos anjos vindo em seu socorro. Agar e Ló (Gn 6:7-12; 19:1-22 ) e em especial Abraão, quando estava preste a oferecer Isaque em sacrifício (Gn 22:11. 12).
 A proteção de pessoas
Jacó teve a experiência de ser protegido por anjos (Gn 32:1). e quando abençoava os filhos de José reconheceu isso, dizendo: o anjo o que me tem irado de todo mal...' (Gn 48:16).
A direção do povo de Israel no deserto
Israel tinha um anjo de Deus diante dele em sua peregrinação pelo deserto. rumo á terra prometida (Êx 14:19; 23:20).
A anunciação de nascimento
Abraão e Sara receberam de um anjo a promessa de um herdeiro (Gn 18:1-33). Também Sansão teve seu nascimento anunciado por um anjo (Jz 13:1-24). Em toda a extensão do Novo Testamento os anjos são vistos em ação:
Em relação a Jesus Cristo
Lc 1.30 Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus.
Lc 1.31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus.
a. Anunciam o Seu nascimento e indicam o Seu nome. Antes já havia anunciação a Zacarias o nascimento de João Batista e mostrado o nome dele.
b. Após ter sido tentado no deserto, os anjos O assistiam (Mt 4:11).
c. Um anjo O contentava no momento de Sua agonia na Getsémani (Lc 22:43).
d. Certamente eram anjos os dois varões que anunciaram a Sua ressurreição (Lc 24:4-6).
e. Também dois "varões" estavam presentes em sua ascensão e confortavam os discípulos com a promessa da Sua volta (At 1:10.11).
Anjos estiveram acompanhando Jesus em toca a Sua vida terrena, razão pela qual o apóstolo Paulo declara que Ele foi 'contemplado por anjos" (1 Tm 3:16).
Na destruição de Sodoma
Quando da destruição de Sodoma. os anjos disseram a Ló que Deus os havia enviado com a ordem para destruí-la: "...pois vamos destruir este lugar: porque o seu clamor se tem aumentado chegando até a presença do Senhor; e o Senhor nos enviou para destruí-lo" (Gn 19:13).
No julgamento das nações
No Apocalipse encontramos os anjos esvaziando taças da cólera de Deus (Ap 16 1) e controlando os trovões de Jeová sobre as nações culpadas (Ap 16:17).
Temos falsas idéias sobre anjos, e uma delas é achar que só realizam coisas boas. "É verdade que são espíritos auxiliadores enviados para ajudar os herdeiros da salvação Mas, da mesma forma que
cumprem a vontade de Deus na salvação dos crentes em Jesus Cristo, são também vingadores que empregam o seu grande poder para cumprir a vontade de Deus no julgamento divino"
Não nos deixemos enganar pelas falsas idéias sobre os anjos.
Eles são instrumentos da graça de Deus para com os homens, mas são também agentes da aplicação da Sua justiça. Os anjos continuam em ação.
Os anjos não pregam O Evangelho
A tarefa de pregar o Evangelho é dos homens.
Jesus deu a entender assim quando contou a parábola do rico e de Lázaro. Ao negar o pedido do rico, de mandar alguém a sua casa paterna para dar respondeu: “Se não ouvem a Moises e aos profetas (Lc 16:31). Anunciar a mensagem de salvação é privilégio dos homens, que, se o fazem, são bemaventurados (Rm 10:15).
É tão significativa esta tarefa e tão dignos são Os que realizam, que os anjos desejam envolver-se nela (1 Pe 1:12). Mas a eles não é dado este privilégio, que é exclusivo da Igreja”.

Os anjos estarão presentes nos acontecimentos da Segunda Vinda de Cristo.
Mesmo antes de Cristo voltar a terra, Os anjos terão participação neste grande evento. Um arcanjo anunciara o tempo da volta de Cristo e ouvindo a sua voz os crentes em Cristo ressuscitarão (1 Ts 4:16). Quando o Senhor voltar, os anjos o acompanharão (At 1:9-11 e ler Mt 25:31; Mc 8:38,2 Ts 1:7). Na sua volta pessoal o anjo descerá junto, formando “exércitos” celestiais (Ap 19:14)
Eles também atuarão na execução do julgamento dos homens ímpios: 'Mandara o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa...(Mt 13:41,42).
Os anjos ainda estarão presentes na prisão de Satanás por mil anos. Um anjo detentor da 'chave do abismo” prenderá Satanás por mil anos e o lançará no abismo (Ap 20:1-3)”.
Os crentes em Cristo tem Os anjos a seu serviço. Nós não podermos vê -los, como já dissemos, porque são seres espirituais e, por isso invisíveis. Eles, sim, nos podem observar. E do mesmo modo que atuaram em benefício de crentes em particular, nos princípios dos tempos, hoje atuam e no final dos tempos.
Fontes:

Francis FOULKLES - "Efésios: introdução e comentário" - São Paulo,Edições Vida Nova, 1963.

GAMA LEITE P, Tacito da e Ursula Regina da. - "Anjos" - Rio de Janeiro, JUERP 1989.

Billy GRAHAM - "Anjos, os anjos secretos de Deus" - Rio de Janeiro,

Editora Record, 1975.

Michael GREEN - "II Pedro e Judas: introdução e comentário" - São

Paulo,Edições Vida Nova,1983.