Hb 1.4 feito tanto mais excelente do que os
anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
Hb 1.5 Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu
és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será
Filho?
Mt 22.30 pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento;
mas serão como os anjos no céu.
Por volta da metade da década de 90
irrompeu uma onda doutrinária a respeito dos anjos. Desde então têm sido
produzidas várias obras sobre o assunto nos meios religiosos não cristãos.
Muitas nestas obras se ocupam em mostrar que a doutrina dos anjos é uma herança
das religiões orientais, e são carregadas de misticismo.
A mídia, especialmente a televisão,
encarregou-se de espalhar os conceitos errôneos sobre os anjos, explorando a
credulidade nas pessoas espiritualmente fracas e supersticiosas.
As
mistificações
Anjos são vistos nos cantos superiores
das naves dos templos, pousados nos lustres. Estas mistificações causam repulsa
e levam a considerar o assunto dos anjos uma questão de crendice popular ou de
superstição, que não merece uma reflexão séria. Esta é, provavelmente, mais uma
razão por que a doutrina dos anjos é esquecida. Entretanto, ao invés de
esquecê-la, apenas deveríamos nos livrar do misticismo em torno dos anjos.
O
materialismo
Os materialistas negam a existência de
um mundo espiritual, por isso também negam a existência dos anjos. Só aceitam a
realidade do mundo material rejeitando tudo o que vá alem na matéria.
Contrariam a vontade de Deus., porque "só
se preocupam com as coisas terrenas e estão condenados à perdição (Fp 3.17.4:1).
O
espiritismo
A doutrina espírita sobre os anjos se
encaixa devidamente no conjunto da sua estrutura doutrinária cuja linha mostra
é a reencarnação. O espiritismo ensina que os anjos são almas dos mortos que
depois de várias etapas de reencarnação, alcançaram um grau máximo de
perfeição. Assim negam a existência distinta dos seres angelicais. Para eles,
tanto os anjos bons como os maus ou demônios inexistem. Estes últimos, dizem,
são almas desencarnadas. Rejeitamos a doutrina da reencarnação, refutando-a
com textos bíblicos, como o de Hb 9:27:
"Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois
disto, o juízo". Ninguém há que tendo passado desta vida para a outra, volta,
mesmo que seja para um bom propósito. e muito menos para habitar em outro corpo
(Lc 16:27-31).
Precisamos estudar seriamente o assunto
para termos segurança. diante de tanta ignorância a respeito ou de tanta
deturpação da verdadeira doutrina.
ANGELOLOGIA
- UMA DOUTRINA BÍBLICA
Não é, pelo simples fato de levarem o
rótulo de evangélicos que editoras e escritores produzem livros baseados nas
Escrituras, razão pela qual devemos ser criteriosos na escolha e compra de
livros.
Há livros sobre anjos e demônios que
não têm como fonte somente as Escrituras. Baseiam-se também em experiências ou
alinham às informações bíblicas os ensinamentos do misticismo religioso do
nosso tempo. Serve-nos, portanto, a advertência de Paulo: CL 2:8 "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vás sutilezas
conforme a
tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo...".
Devemos estudar angelologia unicamente
por uma perspectiva bíblica. Os anjos são mencionados em toda a Bíblia:
108 vezes no Antigo Testamento e
175 vezes no Novo Testamento.
72 das quais no Apocalipse.
Nos
livros da lei
Nesta parte da Bíblia os anjos aparecem
em muitas ocasiões:
Gênesis: logo em Gn 3:24 são
mencionados. Os querubins. anjos que guardavam o jardim do Éden. Mais adiante encontramos um anjo falando a Agar (Gn 16:7); outros dialogando
com Abraão (Gn 18:2;
22:11); outros livraram Ló de serem destruídos junto
com Sodoma e Gomorra (Gn 19:1);
outros apareceram numa visão a Jacó e um deles lutou com o
patriarca (Gn 28:12 e 32:24).
Êxodo: este livro faz menção do anjo
de Deus que ia adiante ao povo de Israel Ex 23:20; 32:34.
Números: Moisés
faz referência à proteção dispensada pelo anjo de Deus a Israel, quando envia
uma mensagem ao rei de Edom, solicitando passagem pelas terras do seu domínio
(Nm 20:16). Um anjo também aparece a Balaão
repreendendo-o por ter espancado a jumenta (Nm 22:31-35).
Nos
livros históricos
Nesses há algumas referências a anjos. a.
Juizes: um anjo aparece repreendendo os israelitas (Jz 2:1); o anjo do Senhor é
mencionado no cântico de Débora (Jz 5:23); um anjo foi instrumento de Deus para a
vocação de Gideão (Jz 6:11) e
outro anunciou o nascimento de Sansão (Jz 13:3).
Livros dos Reis: os
anjos também estiveram em ação: um confortou a Elas (1 Rs 19:7; 2 Rs 1:3);
outro feriu os assírios (2 Rs 19:35).
Nos
livros poéticos
Pode-se afirmar que eram anjos, pois
dizem respeito a
seres criados imediatamente por Deus,
sem intermediários.
Nos
profetas
Há nos livros proféticos registro de
várias visões em que aparecem anjos: Isaías viu serafins por cima do templo (Is
6:2);
Em Daniel 3:25. um
ser “semelhante a um filho dos
deuses" com o qual os amigos de Daniel foram
vistos pelo rei Nabucodonosor, passeando na fornalha, pode ter sido um anjo; o
profeta também
testifica que foi um anjo que fechou a
boca dos leões (Dn 6:22).
Portanto, basta folhear o Antigo
Testamento para notar que os anjos não são símbolos, alegorias ou criações
míticas. Ao contrário, são seres reais, objeto de fé do povo de Israel, o qual
admitia que Deus se servia dos anjos para governar o mundo e dirigir os rumos
da história. O Novo Testamento reafirma a doutrina dos anjos exposta no Antigo.
Nos
Evangelhos
Podemos constatar. primeiro, que os
anjos aparecem nesta parte a algumas pessoas, às quais comunicam alguma
revelação: a José (Mt 1:20,24; 2:13,19), a Maria
(Lc 1:26) e a Zacarias (Lc
1:11,13).
Aparecem também servindo ao Filho de
Deus no deserto (Mc 1:13) e anunciando Sua ressurreição (Mt 28:2). Jesus mesmo
ensinou sobre a atuação deles, conforme o registro dos evangelistas (Mt
13:39,49;
18:10; 22:30; Mc 12:25; Lc 15:10; 16:22).
Em Atos
dos Apóstolos
Logo no início deste livro os anjos
aparecem na ascensão de Jesus Cristo (At 1:10.11). Depois surgem falando a
Filipe (At 8:26), a Cornélio At 10:3:11:13) e a Paulo (At 27:23).
Nas
cartas paulinas
Nesta secção do Novo Testamento
desenvolve-se a doutrina. Por 14 vezes a palavra "anjo” é mencionada.
Paulo não só acreditava na existência
deles como também em seus serviços ( Rm 8:38; Gl 3:19).
Paulo afirma que os anjos são criaturas
de Deus e como tais estão sujeitas a Cristo (Cl 1:16:Fp2:10).
Paulo ensina que, quando na terra,
Jesus Cristo foi assistido pelos Anjos e quando Cristo voltar, se ouvirá a voz
do arcanjo (1 Ts 4:16) e que a lei foi transmitida pelo ministério dos anjos
(GI 3:19).
Paulo por outro lado adverte quanto ao
perigo de se dar crédito a um evangelho pregado por algum anjo (GI 1:8).
Na carta
aos Hebreus
Nesta carta os anjos aparecem
mencionados 13 vezes.
O propósito do autor é demonstrar a
superioridade de Jesus Cristo sobre eles (Hb 1:4,5,13.14; 2:2.5,7.9; 12:22).
5.
Nas cartas de Pedro
O apóstolo Pedro ensina sobre a justiça
divina aplicada aos anjos decaídos (2 Pe 2:4,10) e sobre a sujeição dos anjos a
Jesus Cristo (1 Pe 3:22).
No
Apocalipse
Neste livro a palavra anjo a
parece 72 vezes, nas quais os seres angelicais desempenham vários papéis.
Os anjos compõem um coro ao redor do
trono de Deus (Ap 5:11).
Os anjos estão diante dEle prontos a
executar suas ordens (Ap 8:2).
c. Os
anjos são os instrumentos de aplicação do juízo de Deus sobre a terra (Ap
14:15; 15:1).
A
Bíblia nos ensina sobre os anjos, e este ensino é suficiente para o nosso
entendimento a respeito destes seres angelicais. Recorrer
a
outras fontes oferece o risco de se desviar da reta doutrina que as Escrituras
contém.
ANJOS -
QUEM SÃO ESSES SÉRES?
O significado comum é mensageiro, enviado.
Anjos, com o sentido de mensageiros,
não diz respeito à natureza espiritual
desses seres, mas determina a sua missão. Com esse mesmo sentido de mensageiro
ou enviado. Pessoas humanas são chamadas 'anjos": o sacerdote (MI 2:71: o rei (2 Sm 14:17,20) ;os pastores/líderes das sete igrejas do Apocalipse (Ap 2:1,8,12.18; 3:1, 7, 141.
Contudo não é difícil perceber quando o
termo se refere as seres celestiais, porque vem associado à pessoa de Deus
como, por exemplo, em Gn 16:7; 28:12 e SI 34:7.
Deus criou tudo o que existe, as coisas
visíveis e as invisíveis. Entre elas criou os anjos (Cl 1:16).
Examinando a Bíblia concluímos que
foram criados todos de uma só vez - Deus criou uma companhia de anjos e não uma
raça.
Quando
foram criados?
Provavelmente foram criados antes da
criação ao mundo físico. É o que podemos entender a luz em Jó 38:4-7.”.0s filhos de Deus", que foram testemunhas da criação de todas as coisas
certamente eram os
anjos. Se puderam contemplar toda a
criação divina, é porque já haviam sido criados antes dela.
Em qual
estado foram criados?
Originalmente as criaturas angelicais
eram santas. Todas as outras coisas criadas por Deus eram boas (Gn1:31) e os
anjos foram criados neste estado de justiça, bondade e santidade. Havia uma
condição original de igualdade em todos os anjos (2 Pé 2:4). Os anjos que assim
perseveraram, continuaram a serviço do Senhor e foram chamados eleitos (1 Tm
5:21)
Os anjos maus são os que não
perseveraram no estado original. Rebelaram-se e tornaram-se inimigos de Deus
dos outros anjos e dos homens, e estão condenados a tormentos e castigo eterno
( Jd 8:29; Mt 8:29; 25:41)
Onde
habitam?
Habitam nas regiões celestiais, onde se
manifestam. Várias referências nos dão conta de que os anjos têm sua habitação
numa dimensão celestial. Jacó, sonhando, viu anjos que subiam e desciam uma
escada cujo topo tocava os céus (Gn 28:12). No Apocalipse anjos são vistos nos
céus (Ap 8:5). Quando descem a terra; o fazem para cumprir uma missão ( At
12:7).
Os anjos
são seres pessoais
Deus atribuiu a esses seres que criou
características pessoais. A crendice popular tem os anjos como espíritos
impessoais ou influências sobre os homens. Diferentemente do que popularmente
se pensa, a Bíblia os apresenta como pessoas. São seres inteligentes, têm
vontade própria e prerrogativas específicas. Um exame do texto de Gn 19:1-13
demonstra isso. Dois anjos estão dialogando inteligentemente com Lo, determinando
providências e agindo coerentemente.
Os anjos
são seres imortais
Não são eternos, nem possuem a
imortalidade essencial, que só Deus possui (1 Tm 6:16), mas são imortais (Lc
20:36), do mesmo modo que o são as almas dos homens. A eternidade para os anjos
é a
mesma concedida aos seres humanos, na
qualidade de criaturas de Deus (Lc 20:35,36).
Os anjos
são seres espirituais e incorpóreos
Os seres celestiais estão destituídos
de qualquer forma corpóreos - têm uma natureza espiritual (Mt 8:16: Ef 6:12;Hb
1:14). Por isso não possuem carne nem osso (Lc 24:39) e não podem exercer
atividades que são próprias dos seres humanos (Mt 22:30).
Anjos apareceram na forma de homem (Gn
18:2; 19:1); agiram como homens, ingerindo alimentos (Gn 18:8; 19:3), apenas
para convencer de sua Presença real as pessoas a quem apareciam.
Os anjos de Deus não tomam outros
corpos para se manifestarem. mas tomam formas de pessoas humanas visíveis para
se fazerem manifestos”
Os anjos
são seres morais
Se forem seres pessoais, possuem também
uma natureza moral e, portanto se encontram debaixo de obrigação moral. São recompensados
por sua obediência e foram castigados por sua desobediência. Há anjos que
permaneceram fiéis a Deus (At 10:4:22; Ap 14:10) e anjos desobedientes, infiéis
que caíram (Is 14:12: Ez 28:15; Jo 8:44; 2 Pé 2:4).
Os anjos
são seres gloriosos
Foram criadas com. glória e dignidade
sobre-humana (Lo 9:26). No Apocalipse alguns anjos são descritos com majestade
(Ap 10:1-3), contudo, não possuem a mesma glória do Pai nem a mesma glória do
Filho (Hb 1:5-13). Anjos são seres celestiais; não são seres divinos.
Os anjos
São seres inteligentes
Não
são oniscientes. Não têm inteligência num
grau perfeitamente
elevado como Deus, mas a possuem em
grau mais elevado que os homens (2 Sm 14:17,20; Mt 24:36 1 Pe 1:12).
A
ORGANIZAÇÃO ANGELICAL
Depois de refletimos sobre a
personalidade e a natureza dos anjos, podemos pensar um pouco no modo como
estão organizações. Temos algumas informações bíblicas sobre a organização dos
anjos e sobre
uma hierarquia angelical. Deus
constituiu diversas ordens de anjos para O servirem e o glorificarem. Em cada
uma das ordens os anjos são diferentes em poder e autoridade.
Os anjos também possuem uma
classificação governamental que indica organização e hierarquia, informe Ef
3:10 dos anjos bons e Ef 6:12 dos anjos maus. Sem dúvida, Deus determinou a
organização
dos anjos bons e Satanás a dos anjos
maus. Do mesmo modo que nos governos terrenos há graduações e posições, também
as há nas regiões celestiais.
Anjos bons são organizados; demônios
também são organizados; enquanto os cristãos acham desnecessário serem
organizados. Muitos acham que podem lutar sozinhos, vencer a luta sozinha, sem
se submeterem a uma autoridade eclesiástica. Sem organização e sem disciplina. Os anjos estão hierarquicamente ordenados. Aparecem numa
escala de graduação ou de autoridade. Esta graduação está de acordo com a
atividade que exercem.
Arcanjo
'Arcanjo' Na Bíblia aparece a menção de apenas um arcanjo – Miguel Seu
nome
significa "quem é como Deus" ou
"semelhante
a Deus".
E o significado do seu nome "Miguel" pode
representar uma resposta a Lúcifer,
cujo coração se elevou, dizendo 'Serei semelhante ao
Altíssimo'(Is 14:14).
Em Dn 12:1 Miguel aparece como um dos
primeiros príncipes - o "grande
príncipe" - que se levantará como defensor dos filhos de Israel. Ap
12:7- 12 o arcanjo Miguel aparece comandando um exército de anjos que batalham
e derrotam o diabo e seu exército de anjos maus. Outra
referência a arcanjo encontra em 1 Ts 4:6 numa alusão à segunda vinda de Jesus
Cristo. Quando Ele voltar, os remidos serão convocados pela 'voz do arcanjo” e ressuscitarão
dos mortos para irem ao
encontro
do Senhor nos ares”.
Querubins
"Querubins " cujo significado é "guardar" e 'cobrir". Com esta função
os querubins aparecem mencionados em vários textos. Eles agiram como guardiões
da santidade de Deus, tendo guardado o caminho para a árvore da vida no jardim
do Éden (Gn 3:24). O uso dos querubins na decoração do tabernáculo também
indica sua função de guardião.
Eles possuem extraordinário poder e majestade.
Querubins são, portanto, anjos que defendem o caráter santo de Deus. Assim os
encontramos em ação”.
Serafins
"Serafim " significa "ardente". Estes seres angelicais são mencionados apenas em Is
6:1-Eles aparecem ao redor do trono de Deus a postos para cumprirem Suas ordens.
Os serafins são considerados os mais nobres entre os anjos Enquanto os
querubins se ocupam em demonstrar a santidade de Deus, os serafins trabalham
para promover a reconciliação preparando os homens para uma adequada
aproximação dEle.
Os anjos são descritos por Isaias, em
sua visão, como tendo asas: "cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés e com
duas voava" (Is
6:2). Estas asas têm um sentido simbólico: As
que cobriam o rosto mostram a necessidade de uma atitude de
reverência diante do Senhor;
As que cobriam os pés falam da santidade do andar diante de Deus;
As que serviam para voar indicam a grande capacidade de movimento e locomoção dos
anjos. "Com
que reverência deveríamos nos comportar quando nos dirigimos á Majestade
Divina, diante do qual os próprios serafins escondem seus rostos! E se eles
cobrem os seus pés. estão conscientes de sua imperfeição natural comparada com
a glória infinita de Deus; nós que não passamos de torrões de terra,
vis
pecadores, deveríamos corar de vergonha na Sua presença..."
Outros anjos
Um deles, mencionado pelo nome, é Gabriel.
Foi incumbido de missões extraordinárias, para revelar mistérios que se
encontravam acima da compreensão humana. Gabriel significa
"Deus
é forte". Aparece como mensageiro da misericórdia e promessas
divinas.
Além do anjo Gabriel, aparecem outros
anjos nas Escrituras, designados por Deus para tarefas específicas:
a.
mensageiros do juízo (Gn 19:13; 2 Rs 19:35);
b.
com
poder sobre o fogo (Ap 14:18);
c.
com
poder sobre as águas (Ap 16:5);
d.
os sete anjos
anunciadores de juízos (Ap 8:2)
Organização dos anjos
Do mesmo modo que todo o restante da
criação de Deus segue uma ordem ou organização, também os anjos possuem a sua
hierarquia e cada um a sua missão.
Há
uma grande lição prática neste fato da organização e hierarquia dos anjos bons.
Eles estão acostumados à disciplina e à obediência, e nisso nos servem de
modelo. É bom também advertir que a
classificação dos anjos não pode ser definitiva. Há uma grande variação nas ordens
apresentadas pelos teólogos.
O
MINISTÉRIO DOS ANJOS NA BÍBLIA
Os anjos atuam como agentes especiais
de Deus. Geralmente se deslocam de um lugar para outro para dar cumprimenta as
ordens do Senhor. Às vezes se tornam visíveis, mas não são reconhecidos
imediatamente como anjos. Seja coma for, estão sempre atendendo a uma missão
cada pelo Criador e servindo-o voluntariamente.
"As 273 referências da Bíblia
feitas a anjos são principalmente narrativas de suas atividades e nelas
descobrimos um vasto campo de realizações"
No Antigo Testamento encontramos os
anjos exercendo varias atividades, dentre as quais destacamos:
A promulgação da lei
Embora no momento em que Moisés recebeu
a lei não se mencione a participação dos anjos, no Novo Testamento se afirma
que "foi promulgada por meio de
anjos" (Gn 3:19) ou foi recebida por "ministério de anjos" (At 7:53).
O socorro a pessoas
Alguns personagens bíblicos tiveram a
atuação direta dos anjos vindo em seu socorro. Agar e Ló (Gn 6:7-12; 19:1-22 )
e em especial Abraão, quando estava preste a oferecer Isaque em sacrifício (Gn
22:11. 12).
A proteção de pessoas
Jacó teve a experiência de ser
protegido por anjos (Gn 32:1). e quando abençoava os filhos de José reconheceu
isso, dizendo: o anjo o que me tem irado de
todo mal...' (Gn 48:16).
A direção do povo de Israel no deserto
Israel tinha um anjo de Deus diante
dele em sua peregrinação pelo deserto. rumo á terra prometida (Êx 14:19;
23:20).
A anunciação de nascimento
Abraão e Sara receberam de um anjo a
promessa de um herdeiro (Gn 18:1-33). Também Sansão teve seu nascimento
anunciado por um anjo (Jz 13:1-24). Em toda a extensão do Novo Testamento os
anjos são vistos em ação:
Em
relação a Jesus Cristo
Lc 1.30 Disse-lhe então o anjo: Não temas,
Maria; pois achaste graça diante de Deus.
Lc 1.31 Eis que conceberás e darás à luz um
filho, ao qual porás o nome de Jesus.
a. Anunciam o Seu nascimento e indicam
o Seu nome. Antes já havia anunciação a Zacarias o nascimento de João Batista e
mostrado o nome dele.
b. Após ter sido tentado no deserto, os
anjos O assistiam (Mt 4:11).
c. Um anjo O contentava no momento de
Sua agonia na Getsémani (Lc 22:43).
d. Certamente eram anjos os dois varões
que anunciaram a Sua ressurreição (Lc 24:4-6).
e. Também dois "varões"
estavam presentes em sua ascensão e confortavam os discípulos com a promessa da
Sua volta (At 1:10.11).
Anjos estiveram acompanhando Jesus em
toca a Sua vida terrena, razão pela qual o apóstolo Paulo declara que Ele foi 'contemplado por anjos" (1
Tm 3:16).
Na
destruição de Sodoma
Quando da destruição de Sodoma. os
anjos disseram a Ló que Deus os havia enviado com a ordem para destruí-la: "...pois vamos destruir este lugar: porque o seu
clamor se tem aumentado chegando até a presença do Senhor; e o Senhor nos
enviou para destruí-lo" (Gn 19:13).
No
julgamento das nações
No Apocalipse encontramos os anjos
esvaziando taças da cólera de Deus (Ap 16 1) e
controlando os trovões de Jeová sobre
as nações culpadas (Ap 16:17).
Temos falsas idéias sobre anjos, e uma
delas é achar que só realizam coisas boas. "É verdade que são espíritos
auxiliadores enviados para ajudar os herdeiros da salvação Mas, da mesma forma
que
cumprem
a vontade de Deus na salvação dos crentes em Jesus Cristo, são também
vingadores que empregam o seu grande poder para cumprir a vontade de Deus no
julgamento divino"
Não nos deixemos enganar pelas falsas
idéias sobre os anjos.
Eles são instrumentos da graça de Deus
para com os homens, mas são também agentes da aplicação da Sua justiça. Os
anjos continuam em ação.
Os anjos
não pregam O Evangelho
A tarefa de pregar o Evangelho é dos
homens.
Jesus deu a entender assim quando
contou a parábola do rico e de Lázaro. Ao negar o pedido do rico, de mandar
alguém a sua casa paterna para dar respondeu: “Se
não ouvem a Moises e aos profetas (Lc 16:31). Anunciar a mensagem de salvação é privilégio
dos homens, que, se o fazem, são bemaventurados (Rm 10:15).
É tão significativa esta tarefa
e tão dignos são Os que realizam, que os anjos desejam envolver-se nela (1 Pe 1:12). Mas a eles não é
dado este privilégio, que é exclusivo da Igreja”.
Os anjos
estarão presentes nos acontecimentos da Segunda Vinda de Cristo.
Mesmo antes de Cristo voltar a terra,
Os anjos terão participação neste grande evento. Um arcanjo anunciara o tempo
da volta de Cristo e ouvindo a sua voz os crentes em Cristo ressuscitarão (1 Ts
4:16). Quando o Senhor voltar, os anjos o acompanharão (At 1:9-11 e ler Mt
25:31; Mc 8:38,2 Ts 1:7). Na sua volta pessoal o anjo descerá junto, formando “exércitos” celestiais (Ap 19:14)
Eles também atuarão na execução do
julgamento dos homens ímpios: 'Mandara
o Filho do homem os seus anjos que ajuntarão do seu reino todos os
escândalos
e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa...(Mt
13:41,42).
Os anjos ainda estarão presentes na
prisão de Satanás por mil anos. Um anjo detentor da 'chave do abismo” prenderá
Satanás por mil anos e o lançará no abismo (Ap 20:1-3)”.
Os crentes em Cristo tem Os anjos a seu
serviço. Nós não podermos vê -los, como já dissemos, porque são seres
espirituais e, por isso invisíveis. Eles, sim, nos podem observar. E do mesmo
modo que atuaram em benefício de crentes em particular, nos princípios dos tempos,
hoje atuam e no final dos tempos.
Fontes:
Francis FOULKLES - "Efésios: introdução e comentário" - São Paulo,Edições Vida Nova, 1963.
GAMA LEITE P, Tacito da e Ursula Regina
da. - "Anjos" - Rio de Janeiro, JUERP 1989.
Billy GRAHAM - "Anjos, os anjos secretos de Deus" - Rio de Janeiro,
Editora Record, 1975.
Michael GREEN - "II Pedro e Judas: introdução e comentário"
- São