Dormir
demais é mais prejudicial do que dormir a menos
Uma análise de voluntários que participaram de um
estudo sobre o sono descobriu um aumento de 12% de mortes entre os que dormiram
menos, comparado com os que dormiam entre seis e oito horas.
E, quando os pesquisadores analisaram os que dormiam
mais do que isto, descobriram um aumento de 30% das mortes em comparação com as
pessoas que dormiam entre seis e oito horas.
"Houve cerca de 34 pesquisas - estudos
epidemiológicos que acompanham as pessoas durante um tempo, envolvendo mais de
dois milhões de pessoas, e que mostram de forma consistente que há uma relação
entre duração do sono e mortalidade", afirma.
Segundo Gregg Jacobs, especialista do Centro de
Transtornos do Sono da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts,
o nível mais baixo de mortalidade corresponde a sete horas de sono.
"Então, quando você dorme menos do que sete
horas ou mais do que sete, há um aumento gradual no risco de mortalidade, com
pessoas que dormem mais mostrando um aumento maior no risco do que as pessoas
que dormem menos", conclui o cientista.
Para Jacobs, sete horas de sono é a quantidade
perfeita. Menos do que isso significa que a pessoa tem mais chances de morrer
mais cedo e mais do que isso significa que as chances de morrer mais cedo são
ainda maiores.
De seis a oito?
No entanto, outro especialista em sono, Frank
Cappuccio, professor de medicina cardiovascular e epidemiologia na Universidade
de Warwick, na Grã-Bretanha, afirma que, quando se fala em sono, deveríamos
pensar em um tempo que varia entre seis e oito horas como o ideal. E que medir
o sono com precisão pode ser problemático.
"Nossa tendência é contar com métodos muito
simples, como perguntar às pessoas quantas horas elas dormem por noite, em
média", explica.
Mas, segundo Cappuccio, as pessoas não relatam com
exatidão quanto tempo elas dormem.
Contar com o depoimento das pessoas transforma os
estudos do sono em uma ciência inexata pois, aparentemente, temos uma tendência
a superestimar nosso tempo de sono.
Mesmo com tanta falta de precisão, Cappuccio diz
que, se uma pessoa acredita que dorme entre seis e oito horas por noite, não há
com o que se preocupar.
Jacobs ainda afirma que apenas 5% dizem sentir
sonolência durante o dia, o restante se sente descansado.
"Há algo a respeito das sete horas de sono que parece ser o número ideal em termos do que as pessoas conseguem (dormir) naturalmente e o que observamos em termos de saúde ideal, em termos dos níveis de mortalidade mais baixos. Então, a resposta de sete horas de sono aparece muitas vezes", diz.
"Há algo a respeito das sete horas de sono que parece ser o número ideal em termos do que as pessoas conseguem (dormir) naturalmente e o que observamos em termos de saúde ideal, em termos dos níveis de mortalidade mais baixos. Então, a resposta de sete horas de sono aparece muitas vezes", diz.
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