O momento
da nova direita
A crise econômica, profunda corrupção, perniciosos
crimes cometidos pelos mais altos cargos da República. A crescente imoralidade
pública chegou junto da crise política e estremeceram a vida do
Governo liderado há décadas pela esquerda brasileira, colocando à direita
na rua, invadindo de forma fulminante o tradicional domínio esquerdista.
Das diferentes vertentes políticas essa nova direita se faz surgir por
jovens, motivados, cultos, e que mistura em seu fermento fortes traços de
amor à pátria brasileira.
De um lado temos as esquerdas, que favorece o
controle estatal da economia e a interferência ativa do governo em todos os
setores da vida social. Colocam o ideal igualitário acima de outras
considerações de ordem moral, cultural, patriótica ou religiosa. De
outro, a nova direita, que favorece a liberdade de mercado, defende os
direitos individuais e os poderes sociais intermediários contra a intervenção
do Estado, coloca a defesa do Brasil e os valores religiosos e culturais tradicionais
acima de quaisquer projetos de reforma da sociedade.
Essa direita é nova por ser liberal em costumes, a
favor da liberdade de expressão, do governo institucional e contrária a
qualquer forma de ditadura. O discurso está focado na tentativa de diminuição
do poder do Estado, no aumento das liberdades individuais e na restauração de
uma verdadeira democracia.
Os benefícios são muitos, a começar pelo fato de
apresentar à sociedade ideias políticas alternativas e mais adequadas ao
Brasil, num período histórico em que a esquerda e as demais ideologias
intervencionistas dominam a nossa política. Outro aspecto positivo é
estabelecer um vínculo entre política e a sociedade. Hoje, inexistente pela
desconfiança que temos dos políticos, que favorecem a rejeição pela atividade
política. Ao rejeitarmos a política, deixamos as decisões nas mãos dos
políticos com os quais não temos afinidade ou confiança. E, sozinhos, os
políticos visam seus próprios interesses, trabalhando para, com a mentalidade
intervencionista, aumentar o poder político e econômico do Estado.
O pensamento liberal-conservador moderno, que não
tem nada a ver com o conservadorismo usado para insultar ou identificar Eduardo
Cunha ou amantes da ditadura militar, poderá mudar a nossa cultura político que
se baseia na ideia de mais sociedade e menos Estado justamente porque o
liberalismo desconfia e rejeita projetos de poder que tornam o governo o grande
agente social, político e econômico. O modelo ideológico-político que foi
hegemônico ao longo da nossa história construiu o caminho para a servidão.
Creio que o pensamento político da nova direita poderá pavimentar um trajeto
para todas as liberdades e não apenas a liberdade econômica.
A democracia no Brasil está doente e o problema
concentra-se em nossas lideranças políticas. Em uma sociedade tipicamente
conservadora, nada mais constrangedora do que ser representada por ideais e
pessoas de esquerda (FHC, Lula, Dilma, Marina e Aécio). Querem a solução?
Elevem a direita do plano da opinião pública aos mais importantes setores
públicos e sociais, só a partir desse momento a doença política nacional
passará a ser curada.
Fonte:Lucas Gandolfe é estudante de Direito na
Faculdade de Direito de Sorocaba (FADI)
Gaspar
Moura dos Santos