DOSSIÊ DO SEXO
SEXO NO PASSADO
Na
era medieval, a vida entre quatro paredes ficou mais recatada por causa da
influência da Igreja Católica. No mundo ocidental, tudo que era relacionado ao
sexo - exceto a procriação - passou a ser pecado. Até pensar no assunto era
proibido! O único que se dava bem era o senhor feudal: além de colocar cinto de
castidade em sua esposa, ele tinha o direito de manter relações sexuais com
qualquer noiva em seu feudo na primeira noite do casamento dela. A datação
tradicional da Idade Média vai de 476, queda do Império Romano do Ocidente, a
1453, queda de Constantinopla. Já no Oriente, em países asiáticos, a liberdade
sexual era maior. Os homens orientais podiam, por exemplo, ter quantas mulheres
quisessem, desde que conseguissem sustentar todas. "Mas o segundo casamento
tem de ter autorização da primeira esposa. Isso foi feito para a mulher não
ficar sozinha e desamparada", diz o historiador Claudio Umpierre Carlan,
professor da Universidade Federal de Alfenas (MG) e pesquisador da Unicamp.
Sexo era pecado e deveria ser evitado a todo custo
Para
desincentivar o prazer sexual solitário, surgiram nessa época os mitos de que
os meninos ficavam com espinhas ou calos nas mãos caso se masturbassem. Se uma
menina se tocasse, ou estava tendo um encontro com Satã ou havia sido
enfeitiçada por bruxas. A paranoia era tão grande que muitos tomavam banho
vestidos - até o banho era considerado um ato libidinoso.
Como
os homens não podiam ter prazer com as esposas, com quem só transavam para
procriação, a procura por prostituas era grande. Ao mesmo tempo em que eram
malvistas pela sociedade e pela Igreja, as profissionais do sexo tinham que
doar metade de seus lucros ao clero - foi o que instituiu o papa Clemente II
(1046-1047)
SEXO HOJE EM DIA
Ao
mesmo tempo em que o sexo é praticado com uma liberdade nunca vista na
história, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) atacam em escala também
inédita. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 30 infecções curáveis
provocadas por vírus, bactérias e protozoários são transmissíveis sexualmente.
Todo ano, 340 milhões de novos casos de sífilis, gonorreia, clamídia e
tricomoníase ocorrem com adultos entre 15 e 49 anos.
Isso
sem contar a aids, que atinge 33 milhões de pessoas no planeta. Fora da OMS, há
poucas estatísticas mundiais sobre o rala-e-rola - não se sabe, por exemplo,
qual a posição sexual mais praticada na Terra. A maior pesquisa sobre o assunto
foi feita pela Durex, fabricante de camisinhas, em 2005 - mas o Brasil ficou de
fora dos 41 países investigados. Por aqui, a principal pesquisa foi conduzida
por Carmita Abdo, professora da USP, e publicada em 2008, depois de 8 200
entrevistas em dez cidades do país. O resultado: os brasileiros mais pensam do
que fazem sexo. Enquanto transam em média três vezes por semana, sonham com 6,3
relações por semana. Na prática, a teoria é outra.
Apesar
de muitos avanços naturais da modernidade, o sexo ainda é um tabu nos dias de
hoje. Pais em sua maioria não conversam com seus filhos sobre o assunto.
Como será o sexo no
futuro?
As
previsões variam desde um mundo em que humanos e robôs conviverão bem de
pertinho a um planeta parecido com o do presente - não tão high tech, mas com
algumas mudanças de comportamento. Segundo o pesquisador britânico David Levy,
especialista em inteligência artificial e autor do livro Love and Sex With
Robots ("Amor e Sexo com Robôs", sem edição em português), o sexo
entre homens e robôs deve rolar em menos de 50 anos. "Muitas pessoas
solitárias não têm ninguém com quem fazer sexo a não ser que paguem por isso.
Essas pessoas seriam as maiores beneficiárias do sexo com robôs", disse
Levy em entrevista à ME. A intimidade com robôs é apenas um dos prognósticos
para o futuro do sexo. Veja outros abaixo. :-?
FUTUROLOGIA
SEXUAL
Previsão
é de clima quente no futuro, incluindo transas com robôs ou em naves espaciais
PAQUERA
Quem fez
a previsão: Estudos da Universidade Emory, nos EUA
Boa
notícia para os tímidos: no futuro, a paquera pode ser facilitada por poções do
amor à base de hormônios encontrados em alguns mamíferos. A oxitocina, liberada
no parto, estimula o cérebro a adotar comportamentos carinhosos e a
vasopressina está relacionada à fidelidade. Se os cientistas conseguirem
sintetizá-las, o vidrinho do amor poderá ser vendido em uma farmácia perto de
você
HOMOSSEXUALIDADE
Quem fez
a previsão: Umberto Veronesi, oncologista e ex-ministro da Saúde da Itália
A
disseminação de métodos de reprodução artificial fará com que, no futuro, o
sexo seja apenas recreativo, e não voltado a fazer bebês. Por isso, segundo Veronesi,
a humanidade caminha para a bissexualidade. Como fariam sexo só por prazer,
homens e mulheres não teriam por que transar apenas com o sexo oposto. Por que
não experimentar com os dois gêneros de uma vez?
REPRODUÇÃO
ARTIFICIAL
Quem fez
a previsão: Severino Antinori afirma já ter clonado humanos
Depois
da ovelha Dolly, clonada em 1996, vários mamíferos - nossos parentes mais
próximos - já foram clonados. O cachorro Snuppy, em 2005, os lobos Snuwolf e
Snuwolffy, em 2007, além de camundongos, porcos, bois... Em 2002, o
embriologista italiano Severino Antinori chegou a anunciar um clone humano, mas
não apresentou provas. Apesar do debate ético em torno do assunto, os primeiros
clones humanos logo devem surgir
CIÊNCIA
Quem fez
a previsão: Instituto Alemão de Consultoria para Camisinhas
A
camisinha continuará sendo usada para prevenir doenças. Mas, em vez de
emborrachar seu melhor amigo, no futuro pode ser que você apenas passe um spray
nele! Na Alemanha, pesquisadores estão
desenvolvendo
latas de spray (em tamanho P, M e G) em que o homem coloca o pênis e, após
cinco segundos, sai com ele coberto com uma camada quase invisível e pronto
para ação
ROBÔS
Quem fez
a previsão: David Levy, especialista em inteligência artificial
Falta
muito pouco para a indústria de robôs com aparência humana chegar a modelos que
façam sexo. Robôs de silicone como as Honey Dolls japonesas ou os do site
Realdoll já gemem quando acariciadas, reconhecem formas através de softwares e
câmeras nos olhos... O que a robótica ainda precisa melhorar são os movimentos
das pernas e a variedade de emoções que os robôs expressam
SEXO
VIRTUAL
Quem fez
a previsão: Pesquisadores da Universidade de Ottawa, Canadá
A
webcam você já conhece. No futuro, podem existir maneiras de transmitir
sensações táteis sincronizadas com dados audiovisuais. Isso tem até nome:
tecnologia háptica. Duas pessoas distantes usariam espécies de luvas, ou, para
o corpo inteiro, macacões. A webcam perceberia o movimento feito por uma pessoa
e transmitiria para a luva do interlocutor distante o movimento feito,
fazendo-a vibrar, por exemplo. Daí para carícias mais íntimas...
SEXO NO
ESPAÇO
Quem fez
a previsão: Pierre Kohler, jornalista francês
O
turismo espacial já é uma realidade. No futuro, os casais poderão passar a
lua-de-mel no espaço - que romântico uma noite de amor com a Terra ao fundo...
O problema é que, sem gravidade, os amantes vão ter que estudar bem os
movimentos. Segundo Pierre Kohler, a Nasa (agência espacial americana) teria
até feito estudos sobre o assunto, indicando as melhores posições para transar
no espaço - em seis delas, os pombinhos necessitariam da ajuda de uma cinta
elástica na cintura. A Nasa nega as informações
ANTICONCEPCIONAIS
Quem fez
a previsão: Regine Sitruk-Ware, endocrinologista reprodutiva e diretora do
Population Council's Center for Biomedical ResearchA pílula feminina
hoje é feita a partir de hormônios, causando efeitos colaterais. Os estudos
sobre genoma podem ajudar a descobrir, por exemplo, as proteínas que agem na
fusão entre espermatozoide e óvulo. A pílula desabilitaria essas substâncias,
impedindo assim a concepção sem mexer no ciclo menstrual
Ao mesmo tempo em que o sexo é praticado com uma
liberdade nunca vista na história, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
atacam em escala também inédita. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais
de 30 infecções curáveis provocadas por vírus, bactérias e protozoários são
transmissíveis sexualmente. Todo ano, 340 milhões de novos casos de sífilis,
gonorreia, clamídia e tricomoníase ocorrem com adultos entre 15 e 49 anos. Isso
sem contar a aids, que atinge 33 milhões de pessoas no planeta. Fora da OMS, há
poucas estatísticas mundiais sobre o rala-e-rola - não se sabe, por exemplo,
qual a posição sexual mais praticada na Terra. A maior pesquisa sobre o assunto
foi feita pela Durex, fabricante de camisinhas, em 2005 - mas o Brasil ficou de
fora dos 41 países investigados. Por aqui, a principal pesquisa foi conduzida
por Carmita Abdo, professora da USP, e publicada em 2008, depois de 8 200 entrevistas
em dez cidades do país. O resultado: os brasileiros mais pensam do que fazem
sexo. Enquanto transam em média três vezes por semana, sonham com 6,3 relações
por semana. Na prática, a teoria é outra... :-D
Como é o Sexo Hoje?
MATEMÁTICA DO SEXO
As estatísticas mais
picantes sobre o que rola entre quatro paredes em todo o mundo
QUANTIDADE X QUALIDADE: Brasileiros fazem mais sexo do que a média mundial, mas têm menos
parceiros
NÚMERO DE PARCEIROS SEXUAIS (na vida)
média mundial: 9
maior do mundo: 14,5 Turquia
menor do mundo: 3 Índia
Brasil: Os cariocas são os que tiveram mais
namoradas (4,3), e as meninas de Porto Alegre são as que contam mais parceiros
(2,4)
FREQUÊNCIA DO SEXO (vezes por ano)
média mundial: 103
maior do mundo: 138 (Grécia)
menor do mundo: 45 (Japão)
Brasil: Os líderes nacionais são os brasileiros de
Belo Horizonte, com 3,8 relações semanais, e as mulheres de Manaus, com 2,7
transas por semana
IDADE EM QUE PERDEU A VIRGINDADE
média mundial: 15 e 16
Brasil: As meninas de Manaus, as mais precoces,
fizeram sexo pela primeira vez aos 16 anos, e as mineiras, atrasadas, aos 19 anos
FETICHES: Cada região
do mundo tem seus apetrechos e manias sexuais preferidas. Viaje nessa!
PORNOGRAFIA
média mundial: 41%
maior do mundo: 62% (Tailândia)
menor do mundo: 21% (Itália)
SEXO NO CARRO
média mundial: 50%
maior do mundo: 82% (Itália)
menor do mundo: 5% (Vietnã)
SEXO ANAL
média mundial: 35%
maior do mundo: 75% (Chile)
menor do mundo: 1% (Taiwan)
SEXO TÂNTRICO
média mundial: 7%
maior do mundo: 75% (Hong Kong)
menor do mundo: 1% (Turquia e Japão)
CASAMENTO
Brasil: 46%
Quase metade dos brasileiros são ou já foram
casados, segundo o censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Só em 2007, 916 mil casais se uniram - 152 291 assinaram o
divórcio. Dos 136 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade:
37% eram casados
1,9% separados judicialmente
1,6 divorciados
4,5% viúvos
HOMOSSEXUALIDADE
Mulheres: 4,9% | Homens: 7,8%
No Brasil, 4,9% das mulheres declararam-se
homossexuais, contra 7,8% dos homens. O número de bissexuais é menor: 1,4% das
mulheres e 2,6% dos homens. Não há uma estatística mundial, mas nos Estados
Unidos, por exemplo, os estudos de Alfred Kinsey, na década de 1950, afirmaram
que cerca de 10% dos americanos haviam tido relações gays por pelo menos três
anos na vida adulta.
CIÊNCIA
- AIDS:
média mundial: 33
maior do mundo: 22,5% (África Subsaariana)
menor do mundo: 0,026 (Oceania)
- OUTRAS DSTS
(em milhões de novos casos por ano)
média mundial: 340
maior do mundo: 151 (Sudeste da Ásia)
menor do mundo: 1 (Oceania)
Brasil:
Sífilis - 937 mil
Gonorreia - 1,54 milhão
Clamídia - 1,96 milhão
Herpes genital - 641 mil
HPV - 685 mil
SEXO SEM CAMISINHA
média mundial: 47%
maior do mundo: 73%
menor do mundo: 21%
Brasil: 68%
Cerca de 32% dos brasileiros usam sempre
preservativos nas relações sexuais. Os mais prevenidos são os homens de Cuiabá
(38,3% sempre usam) e as mulheres de Manaus (40%)
Como era o sexo na
Idade Moderna?
Os
costumes medievais recatados continuaram na Idade Moderna, mas a Reforma
Protestante ajudou a tornar alguns deles menos rígidos. O divórcio, por
exemplo, que era proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja
Anglicana. Para quem não se lembra das aulas de história, a Idade Moderna vai
de 1453 a 1789, data da Revolução Francesa. Nesse período, a Europa viu o
monopólio da Igreja Católica cair, mas as igrejas protestantes que surgiram na
Alemanha, Inglaterra e Holanda continuaram bem rigorosas no que se refere às
práticas sexuais. O que mudou foram os padrões de beleza - mulheres com
cinturas fina e seios fartos passaram a ser as mais desejadas. Tanto é que, no
século 16, surgiu o espartilho, peça de roupa que projetava o peito da mulherada
para cima e afinava suas cinturas. Que aperto! :-D
SEXO,
AMOR E TRAIÇÃO
Liberdade
sexual aumentou, mas leis para punir traição ficaram bizarras na Idade Moderna
PAQUERA
A
paquera às moças solteiras tinha até data para acontecer. Nas noites de 30 de
abril, árvores parecidas com pinheiros, chamada maio, eram plantadas diante das
casas das moças casadoiras. As plantas tinham significado: as plantas
espinhosas eram dedicadas às garotas orgulhosas e o sabugueiro, que exala mau
odor, era uma forma de debochar das pobrezinhas
AMOR
Na
Idade Moderna, começaram a ser mais comuns os casamentos por amor, e não apenas
por interesse. O hábito de trocar cartas entre os apaixonados tornou-se comum.
Muitas vezes, as cartas tinham códigos secretos e ininteligíveis - o rei
Henrique IV, que governou a Inglaterra de 1399 a 1413, usava, por exemplo, o $
em seus textos quando queria esconder algo
CASAMENTO
De
1545 a 1563, o Concilio de Trento tornou a Igreja a responsável pelo casamento
- antes, os casamentos eram só civis, e aconteciam em casa mesmo. A partir daí,
passaram a acontecer diante de um membro da igreja. Com a Reforma Protestante,
houve novidades nesse segmento: o rei Henrique VIII, da Inglaterra, rompeu com
a igreja Católica e fundou a Anglicana em 1534 apenas para poder se divorciar e
se casar com outra mulher. E os anabastistas, outra denominação protestante
surgida na época, defendiam a poligamia
POSIÇÕES
No
século 16, o pintor italiano Giulio Romano pintou uma série de 16 desenhos para
um livro de sonetos obscenos de Pietro Arentino, retratando várias posições
sexuais. Em um dos quadros, um homem de joelhos segura uma mulher, que está na
diagonal e com uma das pernas sobre seu pescoço! A série acabou confiscada pela
igreja em 1524
E O KAMA
SUTRA ORIGINAL?
As
pinturas de Giulio Romano são fichinha comparadas ao Kama Sutra, que foi
escrito provavelmente entre os séculos 3 e 4, mas só foi popularizado no
Ocidente a partir de 1883, quando ganhou uma tradução em inglês. O livro contém
a descrição de 529 posições sexuais. Há desde posições complexas, como o Ato
das Cabras, em que vários homens transam com uma mulher, a situações
"simples", como abraços e estrega-esfrega
HOMOSSEXUALIDADE
Mesmo
com a pena de morte por enforcamento, os homossexuais não deixavam de sair do
armário. No século 18, começaram a surgir vário bordéis masculinos na
Inglaterra, as "molly houses" ("molly" era a palavra em
inglês para "efeminado"). Mas eles funcionavam na surdina. Em 1726,
Margaret Clap, dona de um deles, foi descoberta e condenada a dois anos de
prisão
PROSTITUIÇÃO
As
prostitutas eram chamadas de cortesãs e seus quartos eram cheios de pentes,
caixas de pó e frascos de perfume. Havia dois tipos de cortesãs. Algumas
atendiam em casa (geralmente, depois da morte do chefe de família, quando
ficavam sem dinheiro para o sustento) e tinham uma agente, a alcoviteira, que
buscava clientes nas ruas. Havia ainda as que trabalhavam em bordéis, tabelados
pelo estado
PORNOGRAFIA
Quem
estudou a Idade Moderna na escola já ouviu falar de Rousseau e Voltaire. O que
os professores não contam é que esses intelectuais também escreviam
pornografia! Na era moderna, tornaram-se comuns livros de contos eróticos.
Voltaire escreveu o livro Candide, que tem alguns textos eróticos, Diderot fala
de sexo em Les bijoux indiscrets, e Montesquieu também resvala no assunto em Le
temple de Cnide
LEIS
As
leis da Idade Moderna mais humilhavam que puniam. O adultério, por exemplo, era
"punido" na França com um desfile dos maridos traídos e das mulheres
traidoras! Os homens eram obrigados a montar um asno e passear pela cidade
usando chifres, e as mulheres adúlteras também tinham que montar em um asno,
besuntadas de mel e cobertas de penas, com um cesto na cabeça!
CIÊNCIA
Como os
conhecimentos sobre sexo evoluíram na Idade Moderna
1495 - soldados
franceses em Nápoles dão sinais de tumores genitais. É o início da sífilis na
Europa
1527 - é empregada pela
primeira vez a expressão "doença venérea" por Jacques Bethercourt
1550 - por volta dessa
data, o médico italiano Gabriel Fallopius descreveu os órgãos reprodutivos
femininos, e um deles ganhou seu nome: as trompas de Falópio, hoje chamadas de
tubas uterinas
1550 - A invenção da
camisinha moderna também é creditada a Fallopius e ocorreu nessa década. Ele
que recomendava o uso de um envoltório de linho sobre a glande para evitar a
disseminação da sífilis
1554 - o médico alemão
Johannes Lange descreve uma doença bizarra: a clorose, que atacava quem não fizesse
sexo! Entre os sintomas, letargia e palidez. O tratamento: sexo, claro
1595 - invenção do
microscópio moderno na Holanda; ele ganha esse nome somente em 1625, com
Galileu Galilei
1677 - O holandês
Antoine van Leeuwenhoek descobre o espermatozoide
Como era o sexo na
Antiguidade?
Na
Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir e
havia até deuses do sexo! Os documentos da Idade Antiga, que vai de 4000 a.C.
ao século 5 d.C. de acordo com a datação convencional, mostram curiosidades
sobre a vida sexual de povos como gregos, romanos e egípcios. Os romanos, por
exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para desincentivar o celibato:
a solteirice e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de herdeiros
tinham privilégios. Foi também na Idade Antiga que os conhecimentos científicos
sobre o rala-e-rola começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai
da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas
doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século 2. Mesmo
assim, algumas crendices sexuais bizarras permaneciam. Na Grécia, por exemplo,
acreditava-se que o contato com uma mulher menstruada faria o vinho novo ficar
azedo e faria as árvores não dar mais frutos. :-()
À MODA
ANTIGA
Prostituição
e homossexualidade eram comuns, mas havia leis severas para punir abusos
CASAMENTO
Os
gregos e romanos eram monogâmicos - no império de Diocleciano, em Roma, a
bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os grecoromanos descobriram que o amor
não é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma arcaica, as
mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte - isso só mudou após uma lei
do imperador Augusto, que trocou a pena para o exílio.
POSIÇÕES
Em
Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objetos de uso
cotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição
sexual, e, na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram
fichas de bordel, e as posições com penetração tinham números maiores,
indicando que poderiam ser mais valorizadas.
MASTURBAÇÃO
Nada
de condenar o sexo solitário: na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era
vista como natural. No Egito, a masturbação era até parte do mito da criação.
Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu
e a deusa Tefnut através do sêmen de sua masturbação!
HOMOSSEXUALIDADE
Casais
de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos
para explicar a origem da pederastia, a relação entre homens maduros e jovens:
o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se
apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra
lenda afirma que a pederastia começou com o músico Tamíris, que foi seduzido
pelo belo Jacinto.
CIÊNCIA
O
grego Hipócrates, pioneiro da medicina, achava que o útero poderia deslocar-se
pelo corpo da mulher em busca de umidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele
também deu bolas dentro: calculou a duração da gravidez em 10 meses lunares
(cerca de 290 dias do nosso calendário), tempo parecido com os 9 meses atuais,
e prescreveu semente de cenoura como anticoncepcional e abortivo.
PAQUERA
Os
galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro A Arte de Amar, do poeta
Ovídio, escrito entre 1 a.C. e 1 d.C. Entre as dicas dadas pelo escritor,
estava o uso do goró: "O vinho prepara os corações e os torna aptos aos
ardores amorosos". Ovídio também incentivava a galera a melhorar o visu:
"Esconda os defeitos e, o quanto possível, dissimule suas imperfeições
físicas".
NO
TRIBUNAL
A
legislação sexual da Roma antiga era polêmica! Eram puníveis com a morte:
adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um
escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima - se não gritasse por
socorro, a virgem poderia ser queimada viva! Entre as penas leves, estava a
apreensão de propriedades de quem fizesse sexo anal. No Egito, o adultério era
mau negócio: os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.
PROSTITUIÇÃO
Regras
para sexo pago eram diferentes na Grécia e em Roma
GRÉCIA
As
moças da vida não eram todas iguais - elas seguiam uma hierarquia. A maioria
delas era escrava, mas havia também mulheres vendidas aos bordéis pelos pais ou
irmãos.
CLASSE
ALTA
Prostitutas
de primeira classe, com treinamento intelectual e cultural.
CLASSE
MÉDIA
Tocadoras
de flauta e dançarinas, especialistas em ginástica e sexo oral. Eram
imigrantes.
CLASSE
BAIXA
Vendidas
pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos.
ROMA
Registradas
e pagadoras de impostos, as prostitutas se vestiam com tecidos floridos ou
transparentes, e, por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres livres,
nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos. O lugar mais
comum de trabalho delas era sob arcos arquitetônicos: a palavra fornicação vem
do latim fornice, que significa arco.
Como era o sexo na
Pré-História?
Os
homens da Pré-História já distinguiam sexo de reprodução, usavam cosméticos
naturais para incrementar a paquera, faziam sexo em posições bem diferentes do
papai-e-mamãe e usavam até mesmo métodos anticoncepcionais. Pelo menos é isso
que indicam os estudos feitos por arqueólogos baseados em objetos como estátuas
e pinturas rupestres. Só não dá para ter certeza porque a Pré-História é
caracterizada justamente pela inexistência de documentos escritos. "Chegar
à verdade acerca da Pré-História é quase impossível. A arte pré-histórica,
grande parte da qual tem conteúdo sexual explícito, obviamente revela coisas
sobre as quais as pessoas pensavam, mas não pode refletir por completo o que
realmente faziam", afirma o arqueólogo Timothy Taylor no livro A Pré-História
do Sexo. Veja nestas páginas o que os cientistas descobriram sobre os hábitos
sexuais que faziam a cabeça da humanidade que habitou o planeta entre 2 milhões
a.C. e 4000 a.C. :-P
É PAU, É
PEDRA...
Na Idade
da Pedra, métodos anticoncepcionais e masturbação já faziam parte da rotina
sexual
POSIÇÕES
Nada
de papai-e-mamãe na Pré-História. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia,
datada de 3200 a.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em
obras de arte da Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão. Uma outra
imagem pré-histórica mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para
facilitar a penetração do homem. A relação com penetração por trás também
aparece com frequência, assim como imagens de sexo oral
CASAMENTO
No
Paleolítico, a Idade da Pedra Lascada, os machos dominantes se casavam com
várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos, como bisão e
veado. Já no Neolítico, a Idade da Pedra Polida, a monogamia passa a ser
predominante. Nessa época, os homens passaram a domesticar animais. Observando
o estilo de vida dos bichos e o papel do macho na procriação, os homens
passaram à monogamia.
MASTURBAÇÃO
Não
faltam exemplos da prática do sexo solitário na Pré-História: há de estátuas a
bastões fálicos talhados em madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta,
mostra uma mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000 a.C. Outra
retrata um homem sentado descabelando o palhaço em 5000 a.C.
CIÊNCIA
Os
homens usam plantas medicinais há pelo menos 40 mil anos. Não há provas
diretas, mas arqueólogos desconfiam que plantas do gênero Aneilema eram usadas
para evitar a gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada para
amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres e como afrodisíaco
para os homens.
HOMOSSEXUALIDADE
Pesquisadores
apontam que a atividade homossexual masculina e feminina é comum em mais de 200
espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos, o que poderia
indicar que também era praticada pelos homens pré-históricos. Entre os grandes
macacos, como chimpanzés e gorilas, também rola sexo entre animais do mesmo
gênero.
SEXO
SELVAGEM
A
relação do homem pré-histórico com os animais era bem próxima - até demais! Há
uma pintura rupestre de cerca de 3000 a.C., em Val Camonica, na Itália, que
mostra um homem copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de homens
copulando com alces - em uma das pinturas, o homem está usando esquis nos pés
enquanto transa com o bicho.
MULHER
MELANCIA ANCESTRAL
Os
homens faziam estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da
pornografia. A mais famosa é conhecida como Vênus de Willendorf: uma mulher de
nádegas e peitos grandes com traços de corante vermelho, encontrada em uma
região com traços de ocupação de até 40 mil anos atrás. Naquela época, a Europa
vivia a Era Glacial, e as mulheres gordinhas teriam maior potencial de
resistência, e por isso podem ter sido as gostosas da vez.
PAQUERA
Na
hora da paquera, o homem pré-histórico já tinha à disposição cosméticos feitos
de plantas, como a hena, usada nos cabelos. Sabe-se que extratos de beladona
eram usados para dilatar as pupilas e, assim, chamar mais a atenção. Havia
ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da pele, e joias feitas de
pedras, madeira ou dentes de animais.
CORPO A
CORPO
Quando
o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos focos de atração sexual. Os
peitos das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas que têm seios
permanentemente grandes, passaram a ser tão atrativos quanto a bunda. Assim, o
ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem sexo cara a cara,
enquanto outros bichos praticam o coito por trás.
Fonte:
minutosertao.cadaminuto.com.br,
mundoestranho.abril.com.br
Gaspar Moura dos Santos