O que é HDR para TVs?
Depois do 4K, o HDR é a mais nova tecnologia de exibição,
que vem para tornar a experiência de assistir vídeos ainda mais interessante.
Se você gosta de fotografias certamente já ouviu
falar em HDR (High Dynamic Range) ou em português, Aumento do Alcance Dinâmico.
E mesmo que não seja um apaixonado pelo universo de captação de imagens, já
deve ter visto a função HDR enquanto mexia nas funcionalidades da câmera
fotográfica, seja ela compacta, profissional ou do seu smartphone. Mas, você
sabia que este recurso já pode ser encontrado em televisores e que ele pode
melhorar e muito a forma como assistimos a nossos filmes, séries e demais
programas? Depois do 4K (Ultra HD), o próximo estágio na visualização de alta
resolução é o HDR. A imagem mostra a diferença de uma tela HDR e outra sem HDR
A imagem mostra a diferença de uma tela HDR e outra sem HDR Contudo, antes de
nos aprofundarmos na funcionalidade voltada aos televisores, vamos compreender
melhor o que é HDR.
Quando capturamos uma imagem, seja ela por uma
câmera fotográfica, do celular, ou de vídeo, estes equipamentos, devido algumas
limitações, não conseguem capturar todas as quantidades de tons e cores que
nossos olhos enxergam. O HDR é uma técnica para imagens digitais que tem a
função de contornar estas limitações dos equipamentos de captura e de exibição
com o objetivo de obter muito mais detalhes da cena desejada. E como ele faz
isso? Simples, a função HDR tenta capturar as máximas e as mínimas condições de
luz de uma imagem para se transformar em uma única imagem bastante equilibrada
entre as partes mais claras e mais escuras. Existem diferentes formas de
produzir imagens em HDR. Uma delas é através da própria câmera. Neste caso, são
feitas várias imagens, umas atrás das outras e, em seguida, elas são combinadas
pelo próprio equipamento como uma única fotografia que capta uma vasta gama de
tonalidades, desde sombras a realces. Porém também é possível aplicar o efeito
HDR em softwares de edição, que pode ser feito de diferentes formas. Confira
neste tutorial, o que fazer para conseguir o efeito HDR em suas fotografias.
Embora o termo HDR seja bastante conhecido no universo fotográfico, este não é
o foco deste artigo. Aqui, traremos tudo o que você precisa saber sobre a
funcionalidade que chegou como uma das grandes promessas de 2016 para deixar
ainda melhor a forma como assistimos TV. Se com o 4K já houve uma revolução na
exibição de imagens, que ganharam maior nitidez, brilho e melhor variação de
cores, com o HDR ganhamos ainda mais detalhes na tela. Assim como nas
fotografias, o HDR em vídeo permite a exibição de uma gama maior e mais rica de
cores, proporcionando brancos muito mais brilhantes e profundos e pretos mais
escuros. Isto dá à imagem da TV um olhar muito mais dinâmico (daí o nome), pois
o conteúdo em HDR preserva detalhes nas áreas mais escuras e brilhantes de uma
imagem, que são perdidas usando os padrões atuais. Como resultado, as cores que
aparecem na tela ficam mais próximas de como as enxergamos na vida real, aproximando
o que aparece no televisor com o que vivenciamos no dia a dia. Como assistir
conteúdo em HDR? Como já era de se esperar, nem todos os televisores são
capazes de reproduzir conteúdo em HDR, mesmo que eles sejam de alta definição.
Além disto, não são todos os conteúdos que são compatíveis com o Aumento do
Alcance Dinâmico. Para que você possa desfrutar desta tecnologia, tanto a
fonte, quanto a TV devem ser conciliáveis com a tecnologia.
Qual é
a diferença entre 1080p e 1080i?
Qual é a diferença entre 1080p e 1080i? Quando
falamos em HDR, falamos de contraste e cor. Então, para saber se um aparelho
televisor é compatível com a exibição de conteúdo em HDR temos que ter em mente
estas duas questões. Os formatos de vídeos populares atuais, incluindo a
televisão aberta e discos Blu-ray, são limitados por normas construídas em
torno dos limites físicos apresentados por tecnologias antigas. Neste caso,
preto é definido apenas por preto e branco é apenas branco. Contudo, com a
chegada do LED orgânico (OLED) e sistemas de retro-iluminação LED e painéis de
LCD mais resistentes, este intervalo de cor está aumentando. Ainda assim, mesmo
que eles consigam atingir mais extremos, os formatos de vídeo ainda não podem
tirar proveito delas. E é aí que o HDR vídeo ganha espaço. Pois ele remove as
limitações apresentadas por sinais de vídeo mais antigos e fornece informações
sobre o brilho e cor em uma gama muito mais ampla.
Isto porque contém mais
dados para descrever mais etapas entre os extremos. Em outras palavras, o
conteúdo HDR em HDTVs HDR-compatíveis consegue ficar mais brilhante e mais
escuro ao mesmo tempo e ainda mostrar mais tons de cinza no meio disto. Da
mesma forma eles podem apresentar mais tonalidades entre o verde e o azul, por
exemplo, além de deixar estas cores mais profundas e vívidas. Sombras profundas
não são simplesmente pretas. Com o HDR, mais detalhes podem ser vistos na
escuridão, enquanto a imagem permanece muito escura. Da mesma forma, as imagens
vívidas não ganham tons saturados, detalhes finos em superfícies brilhantes
permanecem limpas. A imagem de um sol, por exemplo, terá os raios em tons
amarelados e alaranjados e não um borrão branco como nos padrões atuais. Quando
um televisor é compatível com HDR? Como dito anteriormente, o contraste é um
dos fatores essenciais da televisão HDR. Ele refere-se a diferença entre claro
e escuro. Quanto maior esta diferença, maior será o seu contraste. Existem dois
componentes a serem considerados, um deles é o brilho de pico, que refere-se a
quão brilhante uma televisão pode ir, medida em lêndeas. Os televisores devem
satisfazer um alvo específico de lêndeas, para serem considerados de HDR.
Relacionado Sony revela serviço de streaming de vídeo para TVs 4K Sony revela
serviço de streaming de vídeo para TVs 4K O outro é o nível de preto. Assim
como ocorre com o brilho, o nível de preto refere-se a quão escura uma imagem
de TV pode ficar. Ele é medido em nits. A diferença entre o brilho máximo e o
nível de preto é conhecido como a relação de contraste. As HDR TVs devem
cumprir normas específicas para brilho máximo e nível de preto que ajuda a
dar-lhes a aparência mais dinâmica. Enquanto os painéis HDR exigem taxas de
brilho que chegam a pelo menos 1.000 nits, televisores convencionais geralmente
oferecem algo entre 200 e 400 nits. A cor é o segundo aspecto mais importante
das TVs HDR. Quando se trata dela, uma TV deve ser capaz de processar o que é
conhecido como 10-bit ou cor “profunda”. Cores de 10 bits equivalem a um sinal
que inclui mais de um bilhão de cores individuais. Diferente do padrão atual de
televisores, que é de 8 bits, o que equivale a cerca de 16 milhões de cores
diferentes. Contudo, para ser considerada HDR compatível, a TV não precisa ser
capaz de exibir todas as cores em um sinal de 10 bits. Ela apenas tem de ser
capaz de processar o sinal e produzir uma imagem com base nesta informação.
Além disto ela deve ter a capacidade de produzir uma certa quantidade do que é
conhecido como a cor “P3”. A denominação refere-se ao intervalo do espectro de
cores que está incluso. Para compreender melhor sobre isto, pensemos em um
espectro geral de cores, dentro de um conjunto de espaços definidos. O espaço
de cor P3 é maior nas TVs HDR do que o presente nos aparelhos padrões, o que
significa que os televisores HDR abrangem mais cores. Como as televisões que
usam este tipo de tecnologia podem cobrir um espaço maior dentro do espectro de
cores, dentro deste espaço, as várias graduações de tons serão muito mais
suaves do que em televisores atuais. Televisores em HDR ainda são bastante
raros e limitados as linhas high-end da maioria das fabricantes. A LG por
exemplo, lançou a G6 e a faixa de E6 de TVs OLED, modelos top de linha,
certificados como UHD premium, ou seja, classificados como capazes de reproduzir
uma imagem em HDR. Outros aparelhos televisores compatíveis com o conteúdo HDR
incluem as versões de 2016 do SUHD da Samsung, XBR da Sony, e as linhas de
referência da Vizio. TV LG G6, classificada com HDR TV LG G6, classificada como
capaz de reproduzir conteúdo em HDR Vale ressaltar que HDR não é 4K. Uma tela
de 4K pode apoiar o HDR, mas isto não se aplica a todos os conjuntos. Se a sua
TV de ultra definição não suporta HDR ela não vai tirar proveito da informação
adicional no sinal e o painel não estará preparado para lidar com estas
informações, mesmo que elas tenham sido lidas corretamente. Relacionado Vale a
pena comprar uma televisão 4K? Vale a pena comprar uma televisão 4K? Na
atualidade, discos Blu-ray não podem conter informações HDR. Mas isto tende a
mudar ao longo dos próximos anos com o advento do HD Blu-ray Ultra padrão. Este
é um tipo de disco capaz de conter mais dados e fabricado para poder reproduzir
vídeo 4K e vídeo HDR. Com ele é possível resolver os problemas de distribuição
de 4K e HDR sem exigir uma conexão de internet rápida. Transmissões on-line
também podem oferecer 4K e HDR vídeo, mas o Ultra Blu-ray HD proporciona uma
forma física e acessível de obtê-la. Como os leitores Blu-ray existentes no
mercado não são capazes de ler estes discos com mais dados (pelo menos por
enquanto) é necessário adquirir um Ultra HD Blu-ray. Eles ainda são bastante
raros e encontrados por valores salgados, como o Samsung UBD- K8500.
Então, se
a ideia é fugir de uma mídia física devido ao seu alto preço, o conteúdo HDR já
pode ser encontrado em serviços de streaming, como na Netflix (por exemplo, a
série original Marco Polo), Amazon, Youtube e Vudu. Porém, assim como ocorre
com conteúdo em 4K, o HDR exige uma conexão de internet rápida e confiável. Se
o fluxo não for bom, você não será capaz de ver o seu filme ou programa
desejado em HDR, mesmo se ele estiver disponível. Sem esquecer que também é
necessário ter uma HDTV HDR-compatível. Estes televisores estão identificados
com selo HD Premium ou Dolby Visão, dos quais falaremos a seguir. Leia também:
Afinal, o que é 4K? Tipos de HDR Atualmente o conteúdo HDR é dividido em dois
grupos: HDR10 e Dolby Vision. O HDR10 é o padrão incentivado pela Alliance UHD,
um consórcio de fabricantes de TV, empresas de tecnologia e estúdios de cinema
e TV, cujo objetivo é regular o uso do termo "HDR", proporcionando a
segurança de que o aparelho que você for adquirir de fato se encaixa com esta
tecnologia. O conteúdo HDR disponível em discos Blu-ray Ultra HD são geralmente
HDR10. As televisões que suportam a tecnologia estão autorizadas e devem exibir
a espécie de selo HD Premium da Alliance UHD. Já o Dolby Vision é o formato HDR
próprio da Dolby. É necessário que as mídias e telas tenham certificação para
que se digam Dolby e compatíveis com o HDR, sendo que o selo Dolby Visão estará
na embalagem do televisor. Assim como o HDR10, contém muito mais informações
sobre luz e cor para cada pixel. No entanto, as mídias Dolby Visão são
programadas para ajustar os perfis de monitores individuais de modo que a
reprodução da imagem se dá com base em cada painel ou nas limitações do
projetor e alcance. Conclusão A adoção a este tipo de tecnologia pode ser lenta
ao longo dos próximos anos, devido ao preço mais elevado dos aparelhos e falta
de conteúdo disponível neste formato, além da exigência de uma internet super
rápida. Ainda assim, muita gente já está apostando no HDR, seja as fabricantes
de televisores, produtoras de conteúdo como Estúdios Disney, Fox e Warner, ou
serviços de streaming. No ramo tecnológico tudo acontece de forma muito rápida
e o que parecia distante, em um piscar de olhos ganha o mundo, por isso,
acertar previsões é difícil. Pode ser que as televisões HDR se popularizem ou é
possível que não. Isto não significa que você precisa adquirir uma TV HDR de
imediato ou descartar a ideia. O ideal é ficar atento às novidades, para poder
aproveitar o melhor que a tecnologia tem a nos oferecer.
Fonte: www.oficinadanet.com.br
Gaspar Moura dos Santos